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Três pontos negativos na candidatura da Marina: o favorecimento ao agronegócio, tradicionalmente prejudicial à saúde econômica do médio/pequeno agricultor brasileiro e à saúde física do povo; a presença marcante da religiosidade (de caráter evangélico) no perfil da candidata; e o possível alinhamento do novo governo com os ditames de Washington, levando necessariamente ao enfraquecimento da soberania nacional.
Um ponto negativo na candidatura à reeleição da Dilma – que talvez valha pelos três da Marina: a questão da corrupção em diversos níveis da administração do país, sobretudo em uma de suas maiores empresas, a Petrobras. Merecendo aplausos, contudo, a política exterior do atual governo. Como exemplo, podemos citar a convocação do embaixador brasileiro em Israel por ocasião do recente genocídio levado a efeito pelas forças israelenses na Faixa de Gaza. Que resultou na descortesia e ingratidão do embaixador israelense ao se referir ao Brasil como “anão diplomático”. A orientação da política externa brasileira tem sido no sentido da preservação da autodeterminação dos povos, conforme o consenso internacional estabelecido em inúmeras reuniões na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Irretocável.
De qualquer modo, não votaremos nem em uma ou na outra. Preferimos aguardar que um dia o voto seja facultativo. É possível que fiquemos aguardando...
Quanto ao Aécio, que nada tem a ver com o seu avô (Tancredo Neves), este não tem chances de ser eleito. Pelo menos considerando-se o que diz a pesquisa. De qualquer forma, trata-se esse candidato da representação tácita e flagrante da direita tradicional, na priorização do capital, através de uma de suas vertentes modernas – o neoliberalismo –, como mola propulsora do desenvolvimento de uma nação. Ao invés do seu povo que, bem nutrido, instruído e com condições dignas de trabalho, é o que de fato pode responder pela construção do país.
Rio, 30/09/2014