POR FAVOR, NÃO ME MANDEM "CORRENTES"...
Crônica de Valdez Juval

Falei certa vez para um amigo editor que agradecia sinceramente o honroso convite mas não desejaria
assumir compromisso editorial.
É que sempre presei a liberdade de expressão e o momento de expressar o sentimento.
As palavras nem sempre estão ao dispor e logicamente somente com elas é que se pode redigir alguma coisa.
São instantes da tal preguiça intelectual.
Sofro muito dessa doença.
Conclusão: Não tenham certeza da pontualidade de minha presença por aqui, principalmente agora que está uma fase de “trotes” e de benditas “correntes”.
Quebro todas. As que me mandam se encerram comigo apesar de me considerar um tremendo supersticioso.
Sou curioso nas citações que me são apresentadas e busco as raízes.
Considero-me realmente um covarde: Rasguei todos os rascunhos que estavam aguardando entrega na gráfica, intitulados “O EVANGELHO SEGUNDO HIPÓCRITA” tendo em vista uma promessa para alcançar a cura de minha irmã caçula. Ela faleceu e eu fiquei com receio de ser castigado pelo que estava escrevendo.
Covardia sim mas enganação acho intolerável.
A mais recente foi um e_mail que dizia ser um salmo e eu teria que passar - enganar, seria o certo - 20 amigos, enviando-lhe a mesma mensagem e a mesma ameaça se não fosse cumprida a tarefa.
Mas, aquelas palavras seriam mesmo de um salmo?
Não poderia acreditar. Comecei a me indagar e pesquisar, procurando no meu punhado de Bíblia adquiridas e recebidas de presente, que muito me serviram e servem para estudos.
Em quem se pode acreditar?
Como hoje, no Brasil, existem milhares de Igrejas e milhões de seguidores (muitos dos quais chamo de fanáticos), tudo é possível.
Estou atrasado com as reformas. Além das ortográficas agora também as religiosas.
Mas não aceitei o trato. Aquelas palavras da corrente não me atingirão.
A minha fé ainda é muito pouca. Acho que nunca removerei m
ontanhas mas, assim mesmo e apesar de tudo, eu creio em Deus.
 
valdezjuval
Enviado por valdezjuval em 30/09/2014
Reeditado em 20/12/2019
Código do texto: T4982643
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