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Era um empresário. Carros na garagem, empregados, viagens ao exterior.
Depois de superar diversos planos econômicos, não conseguiu vencer outra queda na economia. Perdeu tudo. 
Ou quase tudo. A família foi acolhida pelos parentes, no interior: "Eu  fico e resolvo tudo."
Na capital, procurou o Procon, para parcelar as dívidas. Uma, duas, dez, inúmeras vezes.
Bancos e fornecedores, implacáveis, não retrocediam, para a formulação de uma proposta que encaixasse no orçamento, agora minguado.
O tempo passou. 
Depois de dois anos, conseguiu afinal se sentar à uma mesa, onde expôs ganhos e dívidas e o acordo foi fechado, com cada credor, na medida de suas possibilidades.
Passados três dias, faleceu. A solução veio tarde. Não resolveu nem o problema dele nem o de ninguém.

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Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Enviado por Maria da Glória Perez Delgado Sanches em 30/09/2014
Código do texto: T4981725
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