A PÉROLA E A OSTRA
A pérola resulta de um processo sofrido, doído em que a ostra sofre pressão de todos os lados, sente-se abandonada, esmagada de todo, apertada, encolhida, sufocada na escuridão e no isolamento. No final de todo esse processo o resultado é a excelência petrificada, perfeita, redondinha, fulgurante, de beleza inexcedível.
Quem ama deseja o crescimento do amado. O aparente sofrimento não se compara à beleza de nova empreitada, como acontece na vida de cada um, pessoal e comunitária. Por isso, é preciso desinstalar-se, superar-se, provocar, desconstruir para construir nova obra, suscitar o novo, reposicionar-se! Cada um de nós compõe a sua história, cada um carrega o dom de ser feliz, diz a música, mas o dom de ser feliz não se efetiva sozinho. Há necessidade da presença do outro. Foi assim que Deus construiu o mundo, perfectível e o entregou para que o fizéssemos alvo de nossos cuidados, aperfeiçoando-o com o nosso agir!
Estou atendendo aos propósitos do Senhor? Ou permaneço quietinho no meu canto, esperando que o milagre aconteça?