UMA CRÔNICA ANÔNIMA
Pelo endosso VALDEZ JUVAL
Agora que começo a contagem regressiva para alcançar os oitenta e quatro ponto zero (84.0), sempre me enquadro em pensamentos como este.
Confesso que não sei quem isto escreveu.
Que presunção! Cheguei até a pensar que seria o autor já que me retrato nestas palavras.
Em consequência endosso em gênero, número e grau.
Ando perdido entre tantas folhas de papel escritas ao passar do tempo.
Tomei vergonha e estou organizando o meu arquivo.
Para não cometer injustiça com quem quer que seja, vou considerar esta crônica como de autoria desconhecida ou anônima.
Se alguém a escreveu, por favor, identifique-se.
Farei reparação do erro.
Por enquanto estarei dando divulgação no Facebook (Linha do Tempo/Valdez Juval da Silva), no Recanto das Letras: (http://www.recantodasletras.com.br/
autores/VALDEZSILVA) e no site www.valdezsilva.com
Agradecido.
“Feito fel, apazíguo horas insólitas.
Brigo por teu abrigo.
Um rosto cálido na multidão.
Feito horas, o segundo que me olhas é o instante
que te elejo perfeição.
Feito sol, te persigo toda a terra.
Desde o leste, feito outrora.
Feito a lua, te espero noite inteira, vida toda, vida beira.
Aguardo que me ensine tua casa.
Traduza-me teu abrigo.
Num risco somente nosso, e contradigo teu castigo.
E o que fazer quando as palavras se recolhem, tímido toque?
Que pensar, que dizer ainda que tão pronto a se arrepender?
Dizer te amo só por dizer é como quebrar promessas, desdizer acordos.
Conversar dias, ou conservar frias vãs palavras.
Ainda assim, posso te amar se deixares a porta aberta.
Posso compor tua vida melhor, ecoar tua vida em ré maior.
Deixar em pó os muros que te cercam.
Envolver-te num abraço e dizer,
um sussurro estancado no grito: chore agora, porque amanhã não terás mais motivos.
Eu só queria envelhecer…
Apenas me deixe envelhecer e voltar a ser jovem ao teu lado.”