O que Saber sobre o Fundamentalismo, no Regime Talibã. Parte II.
Penso que seria por demais convenientes que as pessoas ficassem cientes, do porque, estão vivendo neste mundo, neste exato momento. Acredito que este, se tornaria mais compreendido e assim, mais tolerável os nossos relacionamentos.
Estou voltando a escrever sobre o “Fundamentalismo” com o único intuito de mostrar as pessoas que, muitas palavras que escutamos, são ditas por interpretações de quem as falou, mas que podem ter outra conotação por sua parte. Até porque, é preciso que se saiba a sua verdadeira interpretação, e não, no “que ouvimos falar” e “Associar”.
Já falei sobre as suas três características do “Fundamentalismo”, e que agora repito:
- A sua postura básica, que é: a interpretação ao pé da letra a escrita sagrada, ou seja, cada palavra e cada frase são entendidas assim como está.
- O pensamento de que “Todos os outros ensinamentos estão errados”.
- É a escolha da Verdade.
Creio que poucas pessoas saibam que o Islamismo, tem estreita ligação com o Judaísmo e o Cristianismo. O Alcorão explica os ensinamentos, tendo como base, o que consta no Antigo e o Novo Testamento da Bíblia.
Por este motivo, no Alcorão, constam muitas referencias a profetas e historias do Antigo testamento, e também a Jesus Cristo. E como exemplo, cito a historia de Caim e Abel, que são considerados a segunda geração da humanidade.
Portanto a Bíblia conta que Caim era lavrador, Abel era pastor de ovelhas. E que certa feita, Caim fez o seu oferecimento a Deus, através de seus produtos da terra. Já Abel, matou uma ovelha como a sua oferenda. Então surgiu Deus e este sequer olhou os produtos da terra, e somente elogiou a oferenda de Abel.
Isso deixou Caim acometido de violento ciúme do irmão, e este, levou Abel para o campo e o matou. Porem, não é dado nenhuma informação clara do porque, e o significado dessa historia, ou seja, cada um explica ao seu entendimento.
Já no Alcorão, consta à devida interpretação, que diz: Que ao ver recusada a sua oferta Caim disse: Matar-te-ei! Ao que Abel respondeu: “Deus só aceita a oferenda dos justos”. E continuou: “Mesmo que levantasses a mão para assassinar-me, jamais levantaria a minha para matar-te, porque temo a Deus, senhor do Universo; Desejo que arques com a minha, e com a tua culpa, para que sejais um dos condenados ao inferno, que é o castigo dos perversos”.
E a conclusão: “Por isso, Deus prescreve aos Israelitas que quem mata uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio, ou semeado a corrupção na terra, seja considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade; e quem a salvar, será considerado como se tivesse salvado a humanidade”.
Está é a clara interpretação do Alcorão. Ou seja, que não se deve matar uma pessoa sem motivo algum. Então, por que as pessoas que seguem o Alcorão como sendo as palavras de Deus ou Alá, ainda cometem matanças, com atentados e outros atos terroristas?
Entretanto, consta em outra parte do Alcorão, o qual é seguido pelo Islamismo, e que esta foi à primeira religião monoteísta que surgiu na Arábia, na época de Maomé. Onde todos os Países e Tribos eram politeístas, por isso foi extremamente perseguido e houve muitas guerras. Algo diferente foi assim escrito em “ESPÒLIOS”.
“E o Senhor revelou aos anjos: Eu estou convosco, fazei com que os fiéis se levantem firmemente. Infundirei o terror no coração dos incrédulos. Decapitai-os e decepa-lhes os dedos. Isso porque contrariaram Deus e o seu mensageiro. Saiba, que quem contrariar Deus e seu mensageiro, que Deus é muito severo no castigo. Tal é o castigo pelo desafio. Provai-os e sabei que os incrédulos sofrerão o tormento final”. “Isso está acontecendo porque eles foram contra Alá e seus apóstolos. Alá castigará com rigor aqueles que foram contra ele e seus apóstolos. Esta é a vossa parte. Os descrentes merecem o castigo do fogo”.
Portanto, baseado no “Fundamentalismo”, acaba entrando a subjetividade de quem interpreta:
Na primeira diz: Proibição de matança indiscriminada.
Na segunda diz: Ataquem os infiéis.
Em suma, as palavras, em si, não conseguem expressar a verdade de modo perfeito. “É impossível expressar a verdade por meio de palavras escritas ou faladas, só sendo possível transmiti-las de Mente para Mente”.