O que Saber sobre o Fundamentalismo, no Regime Talibã.
Ultimamente temos ouvido falar muito da palavra “Fundamentalismo” por estar ligada a atividade extremista de caráter políticos, praticados geralmente por pessoas vindas da cultura Islâmica.
O “Fundamentalismo” Islâmico, pela influencia política da milícia Talibã no Afeganistão, fechou escolas femininas, proibiu o trabalho da mulher fora de casa, tornou obrigatório o uso da Burca em público, destruí televisores, proibiu todas as espécies de esporte e lazer, e obrigou os homens ao uso da barba.
Com base nisto, muitas pessoas associaram o “Fundamentalismo” ao “extremismo” que na pratica é o ensinamento de uma religião inflexível. Portanto, como o Fundamentalismo se apresenta pela importância aos “Princípios e Normas” dessa religião, promovendo um modo de viver, o respeito Maximo a esses princípios e normas, e que são seguidos com rigor, este ensinamento.
Entretanto, em relação ao “Talibã” não existe a avaliação de que são fiéis aos ensinamentos do Islamismo. O “Alcorão” prega de modo obstinado à igualdade entre os seus seguidores, e até proíbe qualquer discriminação entre o Homem e a Mulher, entretanto, na história, a igualdade dos sexos preconizada no “Alcorão” foi gradualmente sofrendo corrosão.
Isso quando da formação da Jurisprudência Islâmica tradicional, o Alcorão e as demais escrituras sagradas, passaram a ser interpretado sob a influencia ideológica da alta camada da sociedade, aqueles que habitavam colossais haréns, repletos de mulheres escravas.
Portanto, ali, a mulher não passava de uma mercadoria passível de compra e venda, não sendo mais respeitado o ensinamento de igualdade. Assim, a jurisprudência Islâmica, pôs de lado o principio de igualdade, entre o homem e a mulher, contido no Alcorão, e conseqüentemente, foi excluído o capitulo das Leis que proibiam a pratica da poligamia e do divorcio.
E com o passar dos tempos, a maioria dos juristas Islâmicos passaram a tratar com desdém as mulheres, considerando-as inferiores. Esta explicação que procuro fazer é um prólogo, para que se possa compreender, que julgar o que é chamado de “Fundamentalismo” pode ser entendido erroneamente, apenas pela sua conotação ao extremismo.
E mais uma vez, é generalizado uma palavra ou um ato, sem que se tenha um verdadeiro conhecimento do mesmo, e sim, pelo que se “ouviu dizer”, como é feito em muitas ocasiões da nossa vida. Para inicio de conversa, a palavra “Fundamentalismo” sequer nasceu do contexto da história Islâmica, e muito menos é um termo na história da religião.
Esta palavra deu-se de um movimento conservador dos protestantes americanos, e que tem como características:
- Defender a impossibilidade de erros no Livro Sagrado e a sua interpretação ao pé da letra.
- Observa as outras ramificações de modo antagônico a eles.
- A tendência a considerar a história como uma parte do “Projeto de Deus”.
- A importância à salvação individual do que às questões sociais.
Embora não identifique que estas características se apliquem ao “Fundamentalismo” de todas as religiões além dos limites do cristianismo, mas que se pode considerar que o primeiro item abrange muitas religiões.
Assim, quando um pastor, um padre, um monge, um bispo, um missionário, um rabino, etc. pregam que não há valor nos ensinamentos, que não os pregados por eles, correspondem exatamente à primeira característica do “Fundamentalismo”.
O pensamento de que é literalmente correto somente o que está escrito em um livro sagrado especial, que é pregado por uma determinada religião, e numa região especifica, isto é, que se reconhece como “Fundamentalista”, e é o que mais vemos hoje em dia, nas ramificações de religiões monoteístas.