O CAMINHO DE VOLTA AO CORAÇÃO.

Nosso autoconhecimento é um método vagaroso que exige, acima de tudo, segurança. A expectativa essencial para conseguir aquilo que ideamos - uma profunda probidade aproxima-se de quem, na realidade somos - só será permitida se permanecer em nosso amago, essa crença de que a semente fatalmente vai germina.

Se não permanecermos completos por uma convicção, nenhuma consequência poderá ser alcançada, e renunciaremos na frente do primeiro óbice que eclodir. E eles serão muitos, pois a nossa mente nos coloca inúmeras armadilhas para nos convencer de que viver sob seu domínio é a única forma de existencialidade possível.

O sentimento de segurança, porém, não pode emanar em companhia de impaciência ou possibilidade, porque estas vão formar os principais obstáculos para uma situação de desídia e harmonia. Aqueles que já se descobrem nesse caminho percebem, que ao contrario de desejar por um efeito satisfatório, deve-se desfrutar cada momento, que vamos viver num espaço de tempo nessa caminhada, pois ela em si, já se determina numa grande bênção.

Se pusermos em foco a nossa vontade, no anseio de conquistar algum resultado, provavelmente vamos deixar de perceber os momentos de grande apreço, que a vida vai nos preparando nessa nossa caminhada. A placabilidade e a confiança são os precípuos discernimentos, para percebermos se estamos na realidade, no caminho de volta para nosso genuíno ser.

Quanto mais nos mantivermos completo a essa sensibilidade, mais perto vamos estar da nascente singular de onde eles efluem. O celestial, a extensão onde o ego e o intelecto vão perder toda a autoridade, e só o conhecimento de um intrínseco conúbio com tudo o que existe, vai permanecer no seu interior.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 26/09/2014
Reeditado em 28/06/2018
Código do texto: T4976673
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