A OPOSIÇÃO SEM INTERLOCUTORES

A mais severa oposição ao governo Dilma não vêm de seus adversários políticos, Aécio ou Marina, estes não se credenciaram junto aos eleitores, funcionam, apenas, como válvulas de escape para as insatisfações. A grande sombra para Dilma vem da conjuntura econômica mundial, acrescida com uma acirrada e parcial mídia que coloca lentes de aumento sobre a situação doméstica, bem mais tolerável que no resto do planeta. Leio que a Alemanha, principal motor econômico do velho continente, está dando sinais de recessão, o que é gravíssimo. Estamos em um mundo globalizado, não são problemas "de outros" mas interferem, direta ou indiretamente, em todos. O Brasil não assiste ao assombroso desemprego vivenciado alhures, estamos na aceitável taxa de 5%, a Espanha não consegue se livrar da taxa de 26, sem falarmos na França, ou pior, na Grécia, nos EUA a situação é cambaleante, com longas filas nos balcões do seguro desemprego. O termômetro que registra a temperatura do colapso é exatamente a taxa de emprego, por que não há sintoma mais real de qualquer enfermidade econômica que a retração nas contratações. Aqui especula-se muito, mais pela imprensa que pelos adversários, sofre o represamento de preços e tarifas, principalmente em setor estratégico como o combustível, desencadeador da inflação sempre indesejável. Fora isso, a oposição oscila, tentando garantir-se nestas "insatisfações", embora a inflação esteja dentro da margem, o emprego recuou mas não parou, e o governo segue liderando as pesquisas...Afinal, convenhamos, apenas explorando a má fé dos outros com denuncismos de corrupção aqui e ali, onde todos têm telhado de vidro, não é suficiente para derrotar um projeto de políticas públicas de inclusão social jamais vivenciado nos 514 anos de nossa história.