Legado à posteriade
Desde quando decidi publicar meus poemas, meus textos em geral, tenho vivido alguns conflitos, como por exemplo: que me move, que me leva a publicá-los, de verdade? O prazer de ter escrito um livro ou que seja um texto e vê-lo publicado? Não há como negar que isso dá certo prazer! Ou seria orgulho, vaidade ou ostentação? Também aqui, não há como negar que publicar uma obra escrita dá-nos certo orgulho e, quanto à vaidade, seria hipocrisia dizer que não existe esse sentimento, porque todo ser humano é um pouquinho vaidoso,... não sei dizer quanto aos santos,... mas existem santos? Ou seria uma forma de legar algo útil à posteridade? Não tenho tamanha prepotência. Tudo bem, não nego, como eu já disse, também tenho as fraquezas do ego. No entanto, meus livrinhos não são para tanto. Talvez seja que dos amigos sofri influência para publicá-los, realmente, fui e tenho sido incentivado por parentes e amigos a publicar meus textos, mas não creio seja esse fator que tenha sido decisivo na publicação dos meus livros.
No ato da escrita não penso em agradar ou não quem quer seja, não penso no que vou fazer depois com o texto, escrevo porque sinto necessidade de escrever, não importa o que vai acontecer depois, quero dar o melhor de mim ao ato de escrever; parece que apenas transborda do que está cheio o meu coração ou minhas mãos decodificam o que veem meus olhos e entende minha razão. Não me preocupo com rima nem penso em obra- prima. Não sei o que me leva a expor, a publicar, a divulgar minha obra. Mas para tudo há de haver um motivo? E, se houver, tenho de torná-lo claro, primeiro para mim, depois para os demais? Sinceramente, penso que não! As coisas acontecem como desdobramento de um ato noutro ato; por exemplo, se escrevo bons textos, é natural que eu queira compartilhá-lo com o maior número possível de pessoas.
O certo é que essa decisão de divulgar minha obra escrita trouxe-me uma preocupação. Não tem nada a ver com meu estilo, se vão falar isto ou aquilo sobre o que escrevo; não penso se vou receber críticas boas ou ruins, penso sim, e desejo intensamente isto: que as pessoas gostem dos meus poemas, que meus poemas levem algo bom aos leitores. Minha preocupação é o fato de que meus poemas são como O Retrato de Dorian Gray: coloquei neles muito de mim mesmo! E, lembrando que, enquanto Dorian fenecia, antes do pacto macabro, no Retrato a juventude permanecia; então, por vaidade, Gray vende a alma ao diabo para permanecer jovem.
Por mim, enquanto vou indo à deriva, meus poemas vão tendo uma melhora progressiva: eles são, de minh ‘alma, a essência. Então, que importa se meu corpo sofre a fatal decadência? Mas, expor-me à apreciação geral: vale a pena? Se tornar alguma vida mais amena! Esperemos o resultado final, que, talvez, não chegará antes do meu Juízo Final.
Desde quando decidi publicar meus poemas, meus textos em geral, tenho vivido alguns conflitos, como por exemplo: que me move, que me leva a publicá-los, de verdade? O prazer de ter escrito um livro ou que seja um texto e vê-lo publicado? Não há como negar que isso dá certo prazer! Ou seria orgulho, vaidade ou ostentação? Também aqui, não há como negar que publicar uma obra escrita dá-nos certo orgulho e, quanto à vaidade, seria hipocrisia dizer que não existe esse sentimento, porque todo ser humano é um pouquinho vaidoso,... não sei dizer quanto aos santos,... mas existem santos? Ou seria uma forma de legar algo útil à posteridade? Não tenho tamanha prepotência. Tudo bem, não nego, como eu já disse, também tenho as fraquezas do ego. No entanto, meus livrinhos não são para tanto. Talvez seja que dos amigos sofri influência para publicá-los, realmente, fui e tenho sido incentivado por parentes e amigos a publicar meus textos, mas não creio seja esse fator que tenha sido decisivo na publicação dos meus livros.
No ato da escrita não penso em agradar ou não quem quer seja, não penso no que vou fazer depois com o texto, escrevo porque sinto necessidade de escrever, não importa o que vai acontecer depois, quero dar o melhor de mim ao ato de escrever; parece que apenas transborda do que está cheio o meu coração ou minhas mãos decodificam o que veem meus olhos e entende minha razão. Não me preocupo com rima nem penso em obra- prima. Não sei o que me leva a expor, a publicar, a divulgar minha obra. Mas para tudo há de haver um motivo? E, se houver, tenho de torná-lo claro, primeiro para mim, depois para os demais? Sinceramente, penso que não! As coisas acontecem como desdobramento de um ato noutro ato; por exemplo, se escrevo bons textos, é natural que eu queira compartilhá-lo com o maior número possível de pessoas.
O certo é que essa decisão de divulgar minha obra escrita trouxe-me uma preocupação. Não tem nada a ver com meu estilo, se vão falar isto ou aquilo sobre o que escrevo; não penso se vou receber críticas boas ou ruins, penso sim, e desejo intensamente isto: que as pessoas gostem dos meus poemas, que meus poemas levem algo bom aos leitores. Minha preocupação é o fato de que meus poemas são como O Retrato de Dorian Gray: coloquei neles muito de mim mesmo! E, lembrando que, enquanto Dorian fenecia, antes do pacto macabro, no Retrato a juventude permanecia; então, por vaidade, Gray vende a alma ao diabo para permanecer jovem.
Por mim, enquanto vou indo à deriva, meus poemas vão tendo uma melhora progressiva: eles são, de minh ‘alma, a essência. Então, que importa se meu corpo sofre a fatal decadência? Mas, expor-me à apreciação geral: vale a pena? Se tornar alguma vida mais amena! Esperemos o resultado final, que, talvez, não chegará antes do meu Juízo Final.