A sexóloga egipcia
O Egito tem agora sua sexóloga. Fato inédito, desde Cleópatra, aquela que deu pra César - sem cessar o que Marco Antônio queria beliscar - em ambas as faces do sestércio. Desde então, caiu o Egito nas trevas, apesar de tantas Evas e levas. Dois mil anos de miliuma noites no vero breu, ali ao lado do líbio e do hebreu. Enquanto os negros do Sudão, os felás, núbios e rúbios de Egito, não. Gostam daquilo, mas só dá Nilo.
E eis que surge agora, naquela sociedade fechada e empoeirada a sete chaves trancada uma redentora do bom e do melhor papo: uma sexóloga, de nome Kotb, 39 anos, médica e, casada, a dar conselhos sobre o uso do sexo. E sua palavra de ordem é que o mesmo deve ser feito, muito e direito. E no leito. E só com o cônjuge, porém.
A felicidade tá ali, e fora da união conjugal não há salvação, afirma a Marta egípcia, de plantão, e com toda a convicção, apoiada pelo que leu no Corão. Pois é, o Corão recomenda o sexo. Da mesma forma que o interpreta Kotb. Sem mudar uma linha, ou virgulinha. E tudo recomendado diretamente da fonte inesgotável, o próprio Allah, também único e implacável, que nem Jeová.