BASTARIA A CRUZ
É lugar comum a afirmação de que “não há glória sem cruz e nem cruz sem glória”. Conforta ao que sofre e alerta ao que glorioso se sente. Afirma-se que na cruz Cristo venceu a morte. São verdades que não se discutem e correlações inevitáveis presentes na consciência e comunidade cristãs. Todo esse introito para partilhar uma colocação, em vídeo, surpreendente! É de uma filósofa judia, do século passado, contemporânea da primeira guerra mundial: Simone Weil.
O evento cruz era o bastante para ela, racionalmente concluíra, após estudar o Cristianismo. Realizou-se na cruz por completo a vida do Cristo, enviado pelo Pai. Nem ressurreição precisaria, para o próprio convencimento e também ao da humanidade em geral, refletia Simone.
Coerência e verdade permearam o viver da filósofa. Partilhava com os sofredores, o sofrimento a eles imposto, por opção. Não se conformava, lutava até o fim conforme os seus ideais. Era capaz de sacrifícios. Não aceitava as limitações de determinada pertença. Exercia a liberdade de escolha. Recusara o batismo católico por condenar a pertença e a limitação dela decorrente. À beira da morte, no entanto, recebeu o sacramento sob extrema urgência: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ela mesma instruiu a quem o batismo, validamente, lhe ministrou.
No último suspiro, decisão firme e corajosa.
Louvemos sua atitude e coragem!