A ORAÇÃO SEM AÇÃO
Como é bom rezar o Pai Nosso. Oração que todos fazem todos os dias.
O Pai Nosso revela a fome de Deus. Pai Nosso revela a fome de pão. Pai nosso nos inspira a perdoar. Pai nosso pode nos afastar do mal. Pai nosso exigente. Pai nosso que incomoda. Pai nosso que indica o caminho. Pai nosso a quem nos submetemos conforme a vontade dele. Pai nosso que nos perdoa e liberta assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido. Pai nosso que está aqui, dentro de nós pelo seu Espírito, atuante em nós pela ação comunitária que o Filho nos indica a executar. Pai completo: exigente e misericordioso.
Indesejados outro pai e outros deuses. Seria bom que eles não se levantassem. Muitos deles somos nós que os criamos e os alimentamos. Dentro de nós fica o pensamento vagando: pensar Deus é pensar o social. Difícil sair do manual essa contundente verdade. Permanece nos livros: fechadinha em nossas estantes. Caladinha em nossas consciências. Abrir e proclamar a verdade é necessário! Se não, ficará vazio. Aprendizado inócuo.
Como advertiu Gregório de Nazianzeno, padre da Igreja do Oriente, no século IV:
Primeiro purificar-se, depois purificar
Primeiro deixar-se instruir pela sabedoria, depois instruir
Primeiro converter-se em luz, depois iluminar
Primeiro achegar-se a Deus, depois elevar os outros até Ele
Primeiro ser santo, depois santificar.
Testemunhemos o que pregamos. Sufoquemos com o agir o que com palavras condenamos. Oremos em todas as circunstâncias. Com as mãos, coração e lábios. Pura ficção é a oração sem ação! Ainda que linda, nula eficácia!