COMUNISMO. UM EMAIL.
Como você me enviou, não silencio quanto ao que gosto, muito mais quando vindo de você Pedrinho, afilhado que manda tanta coisa de que não gosto, inclinações político-ideológicas e mesmo científicas, todas respeitabilíssimas, menos aquelas que perfilam ao lado da corrupção que nunca integrou seu estatuto pessoal nem de eleição do pensamento doutrinário-político, pois mesmo que sejam repudiadas por nós tais vertentes, se aquiescemos de qualquer forma com os que a praticam entramos no sistema de causação penal que você por sua atividade tanto conhece. Isto é perigoso para nossa biografia limpa como a sua e de toda sua exemplar família, lógico que você se põe contra tudo isso. Mas faz parte discordar, contradizer, trocar opinião no sistema social, assim não fosse a sociedade ainda estaria primeva sem sair da estática para a dinâmica . Uma boa colocação sua relativa à Igreja, gostei muito, e destaque-se o principal do texto originário que você comenta, sic: "Mas o socialismo carrega consigo uma mancha execrável.Não é capaz de respeitar o que é inerente ao ser humano, que é a sua liberdade."
Sou liberal-socialista. Digamos que as sociedades abertas, por seus avanços, não mais se enquadram no rigor do estrito enunciado. O socialismo moderno não carrega consigo tal estigma, cerceamento da liberdade, o maior bem humano, pois até mesmo a vida é menor como bem diante da liberdade, pois vida sem liberdade não é vida. Esse desrespeito à liberdade, sobrevivente em reduzidos rincões e estertorando, credita-se ao finado comunismo, o braço do socialismo nefando que foi abatido no voo por cabeças como Papa João Paulo II aliado à Gorbachev. Muito bom seu texto, exclusive por enunciar essas pobres mentes, uma defenestrada pela Igreja com a pena de "silente" por não conseguir distinguir o que seja liberdade diante de necessidade como nas "ecclesias", as primeiras igrejas cristãs, Boff. Os outros dois caridosos inegáveis cujo passionalismo quis colocar todos no mesmo barco, confundindo também necessidade com liberdade, cassada essa em prol daquela, impossível desiderato, porém com menos agressividade teológica que o primeiro, que bem gostava de liberdade, pois o encontrei em local de alto nível em Florença, Itália, bebendo a melhor cerveja junto a uma senhora gorda. Parece gostar de liberdade e do que é bom, Firenzi é o lugar que moraria se aqui não estivesse alegremente preso pelos laços do coração. Abração. Celso