ARTIGO DE REPULSA

"ARTIGO DO JORNAL EXTRA – 31.08.2014":

“PROFESSORES SUGEREM MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS (PRA LÁ DE POLÊMICAS) NA LÍNGUA PORTUGUESA PARA FACILITAR O ENSINO.”

-ARTIGO DE REPULSA ÀS INTENÇÕES DESSE GRUPO DE PROFESSORES-
   Já não seria racional o ser humano querer tornar-se o ‘centro das atenções’ com ideias que vão de encontro à minoria populacional. Agora, sugerir mudanças na ortografia de uma nação (acrescente-se que este idioma é falado em nove países - lusófonos) de forma que ‘TUDO que fora ensinado normativamente até então seja esquecido, ignorado, apagado; TUDO que existia publicado faça parte de um acervo do passado e, por isso, fique emprateleirado em algum museu para registro e acompanhamento da história; TUDO quanto se ensinara venha a se tornar um aprendizado vão devido a uma nova metodologia’ criada através da “falta do que fazer” por um grupo que deveria estar buscando melhorias da qualidade do ensino/aprendizagem, na verdade, fica brincando de desenvolver projetos irracionais, com propósitos políticos justificados pela tentativa de conseguir a aceitação de uma parte do povo que já não se interessa muito pela língua culta.
   Vejam-se os absurdos dessa proposta ‘indecente’ desses senhores que se dizem ‘preocupados com a gramática normativa da língua portuguesa:
-Abolir os dígrafos “CH, SS, SÇ, XÇ e XC”;
-Exterminar (sic) o “H” antes de vogais:
-Exterminar (sic) o “U” após o “Q” e o “G”;
-Usar certas letras, em especial “S/Z”, de acordo com o som produzido...
   Segundo os senhores ‘idealizadores’ dessa nova ortografia “QE PORTUGÊS É ESSE, OMEM?”, as alterações ‘podem parecer confusas’, mas eles ‘juram’ que tornaria o aprendizado mais fácil também mais econômico financeiramente (asseguram uma economia de R$ 2 bilhões ao ano). Eles alegam (suas teses) que ‘muitas normas que regem a ortografia não têm regra lógica’. É decoreba e precisa acabar. (...)
   A maior tristeza é sabermos que essa falta de imaginação tenha partido de um grupo encabeçado pelo professor Ernani Pimentel, presidente do Centro de Estudos Linguísticos da Língua Portuguesa [CELLP], também coordenador do Grupo de Trabalho Técnico [GTT] vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, onde, para meu espanto, também faz parte desse cenário o professor Pasquale Cipro Neto, a quem sempre tive muita admiração e respeito na área de educação. Decepção em larga escala.
Acrescento às palavras do professor do Instituto de Letras da UERJ, Claudio Cezar Henriques, que além da ‘trapalhada’ e ‘temeridade’ apresentar e colocar em discussão essa pauta, esse é um grande passo de aceitação ao estilo ortográfico‘facebook’, isto é, não existiria mais erro de ortografia, pois a fonética no Brasil é regionalista em muitos casos.
   Sem mais, espero que esses senhores ocupem mais o seu tempo com razões cujos objetivos sejam tornar a população mais culta e menos desinformada, principalmente na hora de ‘escrever’.
               Belford Roxo, 15 de setembro de 2014.
                           
                                               - Professor de Língua Portuguesa -
                                                      Ademir Rêgo de Oliveira
Profaro
Enviado por Profaro em 23/09/2014
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