A INVISÍVEL DITADURA DA DÍVIDA INTERNA

A DESMORALIZAÇÃO DO PARLAMENTO, A QUEM INTERESSA ?

Prestem a atenção, em quais noticiários temos a devida prestação de contas dos atos legislativos ? Exceto nos canais institucionais, da Câmara e do Senado, pouco divulgados ao grande público, temos esparsas informações. Pois bem, a maioria da população irá às urnas sem ter claro o nome de seus candidatos ao Congresso, parecendo que a disputa dá-se, somente, entre os principais nomes colocados para a Presidência da República. Isso faz parte de um engenhoso e manipulador esquema, o de manter refém qualquer futuro ocupante do Executivo, que terá que vergar-se a forças manipuláveis pelo grande Capital, notadamente os Bancos, para poder mover-se no tabuleiro do Poder, administrando migalhas, se considerado o valor que a sociedade desbanca para o pagamento dos juros da dívida interna. Aonde ouvimos falar em "dívida interna" em manifestações públicas ? Raras. E quando ouvimos fica restrita ao economês difuso e restrito de técnicos e estudiosos do assunto, claro que a grande mídia, cooptada pelo Capital, não dará ressonâncias a tais discussões. Se neste País o espaço conferido às discussões do futebol, 10% fossem revertidos aos assuntos prementes nacionais, teríamos uma população mais responsável pelos seus próprios passos, e não desdenhando do papel que o exercício da política significa na vida de cada qual. Se é certo que o direcionamento político para questões cruciais deve ser encaminhada pelo Governo, também é verdade absoluta que sem apoio parlamentar e da população ( como ela vai apoiar aquilo que ela sofre e desconhece ?), não teremos governança com condições de enfrentamento de tal porte, a ponto de questionar e auditar a monstruosa DÍVIDA INTERNA, que vampiriza os recursos que poderiam transformar o Brasil em uma das maiores potências mundiais. Preferem, como telespectadores de novelas, manterem a população ocupada com notícias de corrupção no Executivo e nos Legislativos, discutindo migalhas, afastando a atenção do essencial, da nossa própria independência financeira a nos reter no atraso de nosso eterno sonho de desenvolvimento. Que governo terá condições de trazer à pauta assunto tão delicado, temerário mesmo, inclusive às Instituições já mancomunadas com tais interesses ? O tempo televisivo para os nanicos da Extrema esquerda não permitem trazer, além de bordões pouco compreensíveis, o que seja essa questão tão necessária de ser colocada à mesa, dando sustentação junto à sociedade ao governante, caso tenha intenções de enfrentar de frente esse desafio. Apenas a educação política, a discussão permanente, a conscientização, poderá romper os grilhões da dominação invisível a nos manter no cabresto.