DA PAIXÃO AO AMOR!
É por demais comum, nos meus textos, eu sempre estar falando sobre relacionamentos. Gosto demais desse tema palpitante, e uma vez que ele é tão extenso, tão controverso e interessante, é que me faz continuar escrevendo, e ficar buscando as palavras, e as minhas opiniões filosóficas sobre este assunto que agora estou abrangendo...
Já falei de variados tópicos, das ilusões e das desilusões, dos encontros e desencontros, do Amor e da paixão e, hoje, queria falar sobre esse ponto, que é uma das frases mais comum de já escutei, e acredito que você também: “Quero um Amor para me fazer feliz e me completar”.
Ah! Que essa é uma frase tão comum, que começo a acreditar mesmo, que ela seja verdadeira. Começo a confiar que realmente somos incompletos sem uma companhia. Ironia à parte é um fato, que algumas pessoas se sentem assim quando se encontram apaixonados. E é tão fácil se apaixonar dessa maneira mais de uma vez na vida. Isso porque o momento desse estado de paixão nos recomenda primeiramente, a frequentar um sentimento chamado, ilusão.
E como sabermos ou intuirmos que o futuro vai nos causar uma ilusão? Como nos livrarmos da desilusão, da magoa, do ódio, da repulsa, e da ironia? A partir do momento que supomos que uma pessoa vem a ser a nossa outra metade, e nos empolgar mais pelo juízo, do que pela pessoa em si. Claro que quando isso acontecer, de novo vai pensar, “aqui não”, por conta das feridas que acabaram por não cicatrizar em nós, e ai nos encastoamos, para viver novamente essa condição de entrega.
Muitas pessoas, devido a este estado de sentimento, determinam nunca mais se apaixonar, o que não é de todo prejudicial, já que não irão se iludir novamente. Mas que não é também de todo saudável, já que muitas pessoas esquecem rapidamente, os tombos que sobrevieram em suas vidas, e sempre cremos que não é bom ficar em estado de solidão permanente.
É um fato, que o sentimento de Amor sugere entrega, é o ceder de um sentimento inteiramente privado, para com outra pessoa, e por isso não estamos aqui entendendo só o sexo. Vida a dois é muito mais profundo é uma permissão para que a outra faça parte da nossa vida. Fazer parte dos nossos ideais profissionais, pessoais, deixá-la descobrir os segredos mais sórdidos e fantasiosos, e ainda assim, achar tudo isso lindo.
Não só pelo caráter social, mas o agradável, o da nossa aceitação à nossa intimidade, que só é possível quando nos aceitamos. Como vamos deixar alguém entrar na nossa vida, ver os nossos segredos que em muitas vezes nem a gente aceita? Se não nos aceitamos, e por conseqüência, não aceitaremos o outro, e assim essa nossa intimidade continuará incompleta.
Muitas pessoas mesmo vivendo anos de relacionamento, comportam-se sem a menor intimidade, habitam o mesmo teto por anos, mas que nunca confessam as suas confidencias um ao outro. Estou falando do real número de pessoas com as quais a gente dividiu um teto, uma cama, antes mesmo de juntar os trapos, se unir, casar, enfim...
Mas, aqueles nossos segredos que são ainda mais profundos, as nossas aflições, aquilo que nos faz entristecer, padecer, e as nossas disputas conosco, o que nos amedronta o que nos intimida. Os traumas emocionais, os recolhimentos pela discriminação, isso continua ocluso em nós, pelo descaso em não ser compartilhado a dois.
Dividir a nossa realidade requer determinação, porque muitas vezes nem nós mesmos conseguimos admiti-la. E ser íntimo do outro, exige que você seja íntimo de você... Isso mais pelo Amor. Lembre-se sempre que: “A Felicidade é uma questão de ser”. O que você acha? Pense nisso!