Leitura da Rua (2)
 
 
Um retorno aos tempos onde havia realmente a comunicação, quando ainda se conversava olhando ao rosto com quem se falava. Agora ...  
 
 
images?q=tbn:ANd9GcT-RQaXw22pMHbij4ZenHYS5XawSEepbnH4DudWErpue9ppkTg-8w
 
 
Telefone de latinhas - Inocência e Pureza.
 
 
Observei que duas crianças brincavam com ‘telefone de latinhas’.

Não era festa só para elas, mas que despertou em mim envolvente nostalgia.

Estavam a uma distância de três ou quatro metros da outra e falavam numa altura que daria ouvir a cinquenta metros.  Sem o telefone.

Mas para elas a magia de serem ouvidas através do telefone de latinhas estava na imaginação e pureza.

Legal, muito legal.

Diziam:

- Vooce esstá mee escuutando ?

- Claaroo que tôôô.

- Vaamos brinnccar láá eem caasa ?

- Nããoo vaamoos ficar aqui  meesmoo.

- Táá  leegaal briincar  na ruua.

- éé maaiis legal.  Toodo  muundo vêê na  inveençãoo.

- éé meesmoo.

- quuandoo chegaar eem casa vouu mostrar prá maamãaee o quuee fiizeemoos.

- até vaaii queereer faalar em nossoo telefonee de laatiinhaas.

- fiicoou leegaal nossa inveençãão.

- ôôô


- Tchaauu Aniiinha

- Tchaau Luucinha.

Se aproximaram e conversaram para ver quem iria ficar com o telefone de latinhas, decidindo que cada uma ficaria uma semana.

A primeira com Aninha.

Porém, Lucinha pediu para que fossem até sua casa mostrar à sua mãe o ‘aparelho de comunicação’.

Seguiram alegres e envaidecidas pela invenção.
Brasilino Neto
Enviado por Brasilino Neto em 21/09/2014
Reeditado em 21/09/2014
Código do texto: T4970461
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.