“Liberdade, igualdade, humanidade”
Diante dos últimos acontecimentos, acho que o Rio Grande não tem muito a comemorar, neste aniversário de independência, parece nosso povo está mais triste, mais silencioso, mais introspectivo. Logo o Rio Grande que ferrenhamente defendeu a imensidão de nossas fronteiras do jugo do invasor, que acolherou povos de variadas etnias – principalmente os de pele negra que construíram o nosso País e o nosso Estado, enriquecendo significativamente a nossa cultura.
O Rio Grande que peleou até a última gota para não se entregar à tirania do poder central, parece que está mais para dentro, mais cansado, mas nunca derrotado. Nossa luta pelo desejo de liberdade não há de estancar. Tenho certeza que o nosso povo se envergonha dos últimos episódios de racismo e homofobia. Que a justiça se faça abundantemente, não só aqui nestes pagos, mas em todos os rincões do nosso País. Insisto, os acontecimentos de Porto Alegre e de Santana do Livramento, não refletem os sentimentos de todos os cidadãos, mas que sejam respeitados todos os espaços. As atitudes repulsivas de meia dúzia de ignorantes, não podem servir de amostra do que é o sentimento de um povo forte e humanitário.
O Rio Grande, tenho certeza, lastima e, em nome da liberdade que sempre foi sua bandeira, continuará lutando pela justiça, pela fraternidade e pela igualdade de todos os povos. “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”.
20 de setembro, dia da Independência do Rio Grande do Sul