Parque Estadual do Serra Verde
O dia a dia dos servidores, demais trabalhadores e visitantes da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais – CAMG, normalmente se resume em um chegar apressado, seguido de uma jornada muitas vezes exaustiva e um retorno a casa mais apressado ainda.
Poucos se dão ao prazer de contemplar tantas belezas arquitetônicas e paisagísticas aqui existentes.
Além desses aspectos citados, também há muito o que se admirar em termos de biodiversidade.
Sei que muitos detalhes me escapam, mas por outro lado já tive oportunidade de registrar em textos vários a diversidade e belezas de todo o contexto desse nosso ambiente laboral.
Neste 30 de janeiro de 2014, juntamente com mais ou menos 15 (quinze) pessoas, tive a agradabilíssima oportunidade de visitar o Parque Estadual Serra Verde. Reserva natural de 142ha.(cento e quarenta e dois hectares), existente atrás do estacionamento destinado aos visitantes, o que me levou a adicionar mais este texto aos demais, que falam do complexo desse nosso espaço laboral.
Ao me decidir a participar da chamada “Trilha no Serra Verde” imaginei se tratar de uma atividade monótona, até mesmo enfadonha, mas foi justamente o contrário que eu pude vivenciar, sentir na pele.
Logo ao adentrar o verde do parque já fui positivamente surpreendido, ao ser recepcionado pelo frescor das sombras e do ambiente ameno da mata.
Sempre orientado pelos monitores do IEF fomos-nos ambientando, começando por uma breve apresentação individual de cada participante.
Adentramos mais um pouco e na primeira parada para instruções e informações sobre o ambiente, foi-nos sugerido um minuto de conscientização e harmonização. Nessa volta do ponteiro pudemos ouvir cantos de pássaros variados, observar o balouçar dos galhos das árvores, sentir o frescor do ambiente discretamente invadido pelos raios do sol da manhã, filtrados pelos galhos e folhas e eu tive até a impressão de que iria chover, tamanho o contraste em relação ao árido exterior urbanizado.
Pelas trilhas é possível observar cursos d água, uma lagoa com milhares de pequenos peixes, libélulas a se refrescar e até uma nascente perene de água.
A cada passo em suas várias trilhas multidirecionais uma espécie de vegetação diferente, muitas das quais os meus parcos conhecimentos em botânica não me permitiram identificar, embora tenham ficado gravadas em minha mente.
Por outro lado espécies como por exemplo, a quaresmeira, a árvore de lobeira (também conhecida como fruta-de-lobo, berinjela-do-mato, juruberbão, baba-de-boi, loba ou jurubeba-de-boi), o trigo de grilo, a taboa e pequenos pés de jabuticabas foram-me familiares.
Quanto à fauna, dentre as muitas espécies lá existentes, o grupo de caminhantes pôde contemplar o sobrevoo harmônico de um casal de tucanos, visualizamos dois camaleões em lugares distintos, aranhas em suas teias, borboletas, além dos peixinhos e das libélulas, já citados.
O passeio pelas trilhas do Parque Serra Verde é muito rico, propicia àqueles que se dignam a fazê-lo, momentos de muita descoberta, reflexão, harmonização com a natureza, impondo aos seus visitantes, uma sensação de leveza espiritual indescritível.