A ignorância nossa de cada dia
Estava estes dias conversando com um amigo sobre os temas de estudo de seu mestrado acadêmico e percebi que há temas dos quais eu nem imaginava que se preocupavam os alunos e professores daquela área.
Vi que era um desconhecedor completo dos assuntos ali tratados e, portanto, era um ignorante declarado.
Fiquei com aquilo na cabeça: a ideia de ignorância sobre algo que não lhe é apresentado ou não lhe surge como algo a ser aprendido.
Foi então que ao me deparar com pessoas pedintes na rua, aquelas bem pobres mesmo que ficam nas sinaleiras de trânsito, vi que elas também são ignorantes do que lhe poderia ser favorável para melhorar de vida.
Acredito que elas não tenham noção das suas capacidades como cidadãos e de todo o potencial que elas têm para melhorar a sua situação de vida.
Ainda que muitas estejam ali por opção - já que não aceitam as regras da vida socialmente "correta" - acho que outras não sabem dos seus direitos e das formas que podem sair dessa situação de fragilidade social.
Aí vem aquelas duas perguntas: a pessoa está feliz desse modo? e porque sempre queremos intervir na vida do outro, como se fosse a nossa?
Então, não há nada de ignorância nos outros, já que não a percebem e vivem bem do seu modo; já, no meu caso...