O QUE FAZER PARA QUE UM RELACIONAMENTO DE CERTO?

É muito natural à tentativa de agradar a pessoa a qual estamos nos relacionando, isso quando no inicio desse relacionamento, é inato tentarmos mostrar a ela, o sentimento que está nos envolvendo. Afinal de contas, esse é o momento da conquista, é o tempo de seduzir um coração incógnito. E por isso, é necessário que haja uma consubstanciação, uma simetria, e o anseio de se conservar sempre por perto...

É também muito ingênito que, com o decorrer do tempo, cada qual dê o inicio a divulgação dos seus objetivos, e a sua maneira de ser, e de um modo invariável o que um quer e faz se é o mesmo que o outro gostaria ou faria. Se bem que duas pessoas, que por mais que encontrem interesses mútuos, ambos têm passado, e histórias com mérito, como também, interesses diferentes, ou seja, jamais serão análogos.

Existem algumas pessoas, vindo a saber que de alguma maneira causam grande descontentamento ou ilusão a outra, com a sua postura, opção, ou com a simples manifestação de si mesmo, ficam inseguras, e com medo de que a relação termine. Assim, decidem relevar essa vontade, para considerar a vontade da outra, tarde demais, o cancro da discórdia já ficou alojado.

Na realidade, é preciso saber dobrar-se, e essa é uma qualidade sublime. Aliás, cada vez mais rara, e isso eu posso afirmar. Porem é indispensável compreender, bem antes de qualquer coisa, que a divergência entre conceder com consciência, e infirmar-se, sujeitar-se, e não exercer o seu lugar no relacionamento, é por certo penoso, isso, levando em consideração, que sempre nos achamos como os donos da verdade.

Em outras palavras, o fato é que, numa relação, é preciso aplicar a famosa regra do "nem oito, nem oitenta". Isto é, a coerência e a estabilidade são o segredo. E muito embora não seja fácil exercer um equilíbrio, em especial porque as consequências também resultam do bom senso da outra, digo que, com bastante conversação e vontade para o sazonamento, isso pode ser possível.

Assim sendo, penso que o real enigma nesse assunto sobre contentar a outra pessoa, ou ser a gente mesmo, é mais profundo, o buraco é mais embaixo. O que ocorre é que muitas pessoas têm sufocado seus anseios, desprezado seus sentimentos mais íntimos, obstruído os ouvidos para sua intuição, e cerrado os olhos para si mesmas, não como uma manifestação de maturidade e equilíbrio e, sim, justamente o contrário: Como prova de incapacidade e de pura imaturidade, desajustamento interno, e de uma grande premência em se rever, antes da tentativa de satisfazer a outra, seja essa outra quem for.

Convenhamos, quando aceitamos fazer tudo o que a outra quer, estaremos apenas querendo ser agradável. Apenas estaremos ocupando o lugar de quem fomenta a sua falta de coerência, é óbvio, que também os da outra pessoa. Assim, é claro que quem concorda estar em um relacionamento, em que nunca tem vez, e o seu arbítrio tem de ser imperante, está decididamente demonstrando o outro lado da mesma moeda! Ou seja, provando que não existe um autor e nem um réu. Existem sim, dois seres humanos carecendo operar suas individualidades, as suas habilidades de observar a si mesmo, e ao outro, e por apresentar as condições requeridas de algo que faça mais sentido. Que esta venha a ter uma verdadeira aparência de Amor.

E para que possamos estar cada vez mais cientes de uma grande verdade: Ser a gente mesmo não é uma opção, não é ato contrafeito. É uma delicada e instintiva consequência de um método de autoconhecimento e, sobretudo, de saber reconhecer que toda vez que não encontrarmos um espaço para expor o que sentimos e queremos, isto é, a dimensão para sermos integral e íntegro, então, essa condição não é real. E nem vai valer a pena vive-la.

O correto é que só existe um modo de causar prazer à pessoa certa, no momento certo e no local certo: Sendo quem você é! De conformidade que isso ainda não tenha acontecido, enquanto você se encontrar perdido de si mesmo, vai continuar atraindo a pessoa errada, no momento errado e no local errado!

Veja isso em você mesmo, pois foi assim que eu vi em você, como uma pessoa natural, e que nunca procurou mudar, mas que sempre diz o que quer, o que sente, e que não esconde suas emoções, que tem orgulho de ser quem é, e este é o motivo que me apaixonei, e Amo você, você se apresenta com o Amor incondicional que é o verdadeiro, você é uma raridade que encontrei, e não quero perder. Toda essa dissertação é apenas um sonho, uma quimera...

“Mas, quiçá, um dia, eu vou poder dizer estas palavras a alguém”.

Marcus, 17/09/2014.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 17/09/2014
Reeditado em 27/06/2018
Código do texto: T4965389
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