OBSERVANDO E CONCLUINDO

Vejo discórdias, ouço debates, faço caraminholas.

Ando encafifada com fatos que pipocam por aí e que me deixam indignada. Estou quieta.

Alienada, pensarão alguns,outros, sequer pensam a meu respeito. Contento-me com minha anônima identidade, entretanto, sei bem o que deve ou não ser feito. Exerço o poder que o voto me dá e lá o deposito, achando ter correspondido ao melhor de mim, em termos de lucidez e, embora rime, sensatez.

Eu já disse que vejo e ouço, pois tudo que vi e ouvi, de nada me esqueço. Registrei passo a passo a insanidade de fatos, os quais não chamo de políticos, mas de politiqueiros.

Captei as intenções de cada um deles e acompanhei o desenrolar dos descalabros. Tenho exata consciência de tudo e sou impelida a pensar como Sartre no que se refere a muitas pessoas, veja bem, digo a muitas, não a todas. Tal como Sade, vejo um lado perverso da natureza humana e me entristeço com a constatação. Além de me entristecer, temo. Sei que o medo causa, não raro, um estoicismo triste nas pessoas, todavia, tenho certeza de que não sou impassível diante da dor, da adversidade e das vicissitudes pelas quais as pessoas têm passado, como resultado de mandos e desmandos.

Gosto sim de poesia, mas não vivo apenas no mundo da lua, embora aprecie bem esse mundo. Estou observando tudo e no frigir dos fatos, sei exatamente que atitude tomar, pois mais do que levantar bandeira, prefiro atitudes.

Nunca sem antes saborear a poesia de um bom café, claro.

Bom dia a todos.

Dalva Molina Mansano

10:30

17.09.2014

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 17/09/2014
Reeditado em 18/09/2014
Código do texto: T4965217
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