MINHA HISTÓRIA DE VIDA

Ainda me considero um menino apesar da idade que avança, que me dar a certeza do fim. Pesa a idade, o tempo passou, mas é como se eu ainda fosse um moleque travesso, cheio de vigor, cheio de vontade de viver, de descobrir coisas novas. Minha cabeça parece ser a mesma e tenho a impressão de que vou continuar assim, corpo já querendo se arrastar e evitando “pegar no pesado”, mas o desejo de menino não se afastou de mim.

Lembranças me vem constantemente, se avivam em minha memória, me fazem reviver momentos de grandes felicidades, me fazem voltar ao passado e vivê-los como se fosse o presente. Lembro da primeira escola onde estudei, no bairro do Pina, aqui no Recife, ficava ali perto da antiga ponte velha, hoje reformada. Depois fui estudar em uma escolinha mantida por um clube carnavalesco chamado “Tubarão”. Fiz o primário no Instituto Amazonas, que ficava próximo ao cinema Atlântico, também no Pina. Nos mudamos para o Barro e depois de algum tempo fui estudar na Escola Dom Bosco (Filial), que tinha como mestres seu Waldemar e d. Anete, marido e mulher. Saindo dessa escola no Barro fui estudar no Colégio Moderno, em Afogados. Nessa época eu comecei a trabalhar no Porto do Recife aos 18 anos de idade, passando a estudar à noite. Em seguida comecei a frequentar cursinhos e não fui em frente para um curso superior, mas o trabalho me deu uma certa estabilidade, resolvendo casar aos 26 anos. Hoje aposentado depois de 37 anos de batente, procuro viver uma vida tranquila, ao lado da família e das netas, todos no mesmo teto. Agora somente lembranças e sem vontade de esquecer o passado, que me deu muitas alegrias, razão de mantê-lo sempre vivo na mente.

Eu gostaria até que se alguém lendo este texto soubesse de pessoas que fizeram parte desta minha história ou se essa mesma pessoa fez parte, que entrasse em contato comigo. Eu cheguei a contactar com pessoas que estudaram no Colégio Moderno mas infelizmente levaram sumiço, o que me deixou um pouco triste. Agora com essa nova história de vida possa ser que alguém lendo minha mensagem tenha participado dela, o que me deixará imensamente feliz.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 15/09/2014
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