JOÃO KIYOSHI E O MOLEQUE DO ONIBUS
JOÃO KYIOSHI OTUKI O MOLEQUE DO ONIBUS
Já que é para contar histórias curiosas, essa é ótima!
Quando eu era técnico do Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, o Kyioshi, ainda estudante de Educação Física, trabalhou comigo. Ficamos bons amigos. Era de Londrina e viajava para casa de vez em quando, em visita aos pais. Voltava na segunda feira. Numa dessas segundas chegou e me contou o que ocorreu com êle na viagem de ida Curitiba-Londrina.
Londrina fica a 400km de Curitiba, o que dá umas 6 horas de viagem ( na época). O horários preferidos eram os que saiam à noite de Curitiba e chegavam à Londrina dia seguinte de manhã. Dormia-se a viagem toda e chegava-se ao destino em condições de aproveitar o dia.
Kiyoshi acomodou-se , tirou os sapatos, reclinou sua poltrona. O ônibus partiu e ele logo adormeceu. No meio da viagem, acordou e sentiu uma dor de uma picada no braço. Olhou em volta, o ônibus todo escuro.Voltou a recostar na poltrona. De repente sentiu uma picada no braço. Disfarçadamente, conseguiu olhar e, com o cantos dos olhos, notou um movimento no banco logo atrás do seu. Lembrou que ali estavam sentados uma senhora e seu filho adolescente de ins 14 anos. Era o garoto com um palito de dente que estava espetando seu braço. Abaixou-se lentamente, apanhou um dos sapatos e colocou no colo. Ficou de olho nos movimentos do vulto do garoto, e fingiu que estava dormindo. Minutos depois, o rapaz se aproximou do assento do Kiyoshi, pronto para uma nova espetada. Antes que ele espetasse, o Kiyoshi virou-se e aplicou uma sapatada na testa do moleque. E foi uma gritaria no ônibus, o rapaz, a mãe, que cordou na hora e o Kiyoshi brigando com o moleque. O motorista parou o ônibus no acostamento, acendeu as luzes, e foi ver o que estava acontecendo. A mulher reclamava, o garoto chorava e o Kiyoshi discutia com os dois. Após uns dez minutos, a calma voltou e a viagem seguiu até Londrina.
Paulo Miorim