TRAVESSIA DA BAÍA DE SÃO VICENTE

TRAVESSIA DA BAÍA DE SÃO VICENTE -1962 ou 1963 –

Aconteceu comigo na Travessia da Baía de São Vicente. A saída era ao lado de Ponte Pensil, a chegada no Gonzaguinha. Acontecia uma fortíssima maré de vazante. A saída da prova era em uma pequena praia vizinha à Ponte Pensil, do lado Praia Grande. E a preocupação dos organizadores e atletas era a forte maré acima citada. Uns queriam adiar a prova, outros achavam melhor aguardar a virada da maré para autorizar a largada. O Duda ( José Eli, que saudade, onde anda?) era o nosso técnico. Eu, uns anos antes, moleque, vivia mergulhando e pegava cavalos marinhos para vender nas barracas de “souvenires”, e aquele mar era uma espécie de meu “habitat”. Fiquei observando os comentários, as opiniões de cada um dos envolvidos na prova.

Os nadadores discutiam qual o melhor trajeto, a maioria dizendo que o ideal seria nadar paralelo às margens e só mudar o rumo próximo a ponta do Porta do Sol ( um edifício), aí sim cortando a baía em direção à chegada em ângulo reto. Eu não era nadador de distância, escutava as conversas. Nicomedes Pacheco de Barros, Sérgio Heleno ( que já havia vencido a travessia passada), Sebastiãozinho, e um monte de nadadores optaram pelo trajeto acima. Como conhecia bem o local, pensei: “vou cortar reto, a maré vai parar e virar”. Parti e nadei a prova sózinho, pois praticamente todos seguiram o traçado combinado. Como ninguém havia levado em conta minha opinião, minha estratégia deu certo, ganhei a prova e cheguei uns dois minutos na frente do Sérgio Heleno Oliveira, do qual eu era freguês em águas abertas. Lógico que fiz muitas gozações com o fato. Abraço fraterno a todos.