UM ANJO, DESSES QUE VIVEM NAS LUZES
Fui ao paraíso e voltei. Se eu não fizesse isto, se eu não tivesse tirado três dias para mim, certamente a esta hora, aqui no meu dia a dia, teria considerado o meu reduto um inferno. Acontece que nenhum lugar em vivemos pode ser encarado assim. Para isto, é preciso adquirir paz espiritual, seja aonde for.
Num lugar muito próximo do Céu estive com seres iluminados, e uma deles era uma anjinha de 5 anos de idade, a qual me observou o tempo todo, curiosa com a minha paixão por fotografia e em captar detalhes que ninguém percebe. Ela se interessou, inclusive, em dar dicas de cenas, coisas que um ser humano comum jamais prestaria atenção.
Por mais lindas que minhas fotos tenham ficado, acho que esta simboliza a tal viagem. Neste momento eu estava intrigada com uma luz intensa ao longe, em cima de uma pedra. Perguntei a ela conseguia ver o mesmo que eu. Ela confirmou. Perguntei se aquilo era uma lanterna. Ela disse: “Claro que não! É o sol nos óculos...”.
Aproximei meu zoom a pelo menos cinco metros da imagem, tentando dar foco, e cliquei. Minha ilusão de óptica me traiu, mas não àquela pequena observadora. Mostrei-a tal curiosidade através da telinha da câmera. Ela apenas comentou: “Interessante, mas a fotografia está feia...”.
Era como se ela me aconselhasse: “Você vê as coisas sem enxergar. Ainda precisa aprimorar muito seus conceitos, mas está no caminho certo. Um dia chega lá”.
Leila Marinho Lage
Setembro de 2014
clubedadonameno.com
Fui ao paraíso e voltei. Se eu não fizesse isto, se eu não tivesse tirado três dias para mim, certamente a esta hora, aqui no meu dia a dia, teria considerado o meu reduto um inferno. Acontece que nenhum lugar em vivemos pode ser encarado assim. Para isto, é preciso adquirir paz espiritual, seja aonde for.
Num lugar muito próximo do Céu estive com seres iluminados, e uma deles era uma anjinha de 5 anos de idade, a qual me observou o tempo todo, curiosa com a minha paixão por fotografia e em captar detalhes que ninguém percebe. Ela se interessou, inclusive, em dar dicas de cenas, coisas que um ser humano comum jamais prestaria atenção.
Por mais lindas que minhas fotos tenham ficado, acho que esta simboliza a tal viagem. Neste momento eu estava intrigada com uma luz intensa ao longe, em cima de uma pedra. Perguntei a ela conseguia ver o mesmo que eu. Ela confirmou. Perguntei se aquilo era uma lanterna. Ela disse: “Claro que não! É o sol nos óculos...”.
Aproximei meu zoom a pelo menos cinco metros da imagem, tentando dar foco, e cliquei. Minha ilusão de óptica me traiu, mas não àquela pequena observadora. Mostrei-a tal curiosidade através da telinha da câmera. Ela apenas comentou: “Interessante, mas a fotografia está feia...”.
Era como se ela me aconselhasse: “Você vê as coisas sem enxergar. Ainda precisa aprimorar muito seus conceitos, mas está no caminho certo. Um dia chega lá”.
Leila Marinho Lage
Setembro de 2014
clubedadonameno.com