AQUELAS LOJAS

e souza

Uma queda de braços e patas é sempre muito engraçado, foi em uma dessas lojas que vendem tudo para animais, comidas para cães, gatos, casinhas, cobertores, fitas, gravatinhas, pompons, vendem também, gaiolas, pássaros, etc.

Uma senhora entra na loja puxando um cão, bem, não dava para saber o que era aquilo, pois era muito grande para ser um cão e muito pequeno para ser um urso, mas a julgar pelo porte do animal, foi ele quem a trouxe até a loja. Descobri que não foram até la para comprar roupinhas ou ração, mesmo porque duvido que exista algo chamado “roupinha” que sirva naquele animal. Enquanto a balconista aguardava o pedido, a senhora insistia em mandar que o cão se sentasse e o bichinho não tomava nenhum conhecimento da ordem, no mínimo aquele cão jamais ouviu a ordem “senta”, a balconista sugeriu que a mulher o amarrasse em uma área reservada na entrada da loja. Foi neste momento que a coisa complicou, porque o cão que não queria se sentar, sentou (a loja é um PET, deveria ter dito isso lá em cima), após a mulher tentar puxá-lo para o lugar onde seria amarrado. O cão colou a bunda no chão e de la não saia, nem por decreto, e ela tentou novamente e ele resolveu deitar e se espalhar no corredor da loja. Após várias tentativas infrutíferas de levar aquele cão para fora da loja, a mulher desistiu e voltou para o balcão e como não seria novidade nenhuma, o cão levantou-se e acompanhou sua ‘dona’. Observando bem a cara de pau do cachorro, percebi que em alguns momentos ele até sorria. Aquela senhora deu-lhe uma bronca: - Agora você vem?! O cão deu uma certa olhada como quem diz: “to nem aí”. A mulher aproveitou a disposição do animal em ter se levantado e tentou novamente puxá-lo pelo corredor da loja, nesse momento o cão se jogou no chão e se espalhou, ele me fez rir, todos rimos e a mulher só serrou os lábios. O cão ficou estatelado no chão e só mexia os olhos e as orelhas. A mulher resolveu fazer seu pedido la do meio da loja. – Moça, me dá remédio pra barata? – Senhora, nós não somos farmácia. – Mas me disseram que vocês vendiam remédio pra barata! – Senhora, aqui só temos veneno, se sua baratinha estiver doentinha, o que tenho aqui vai dar efeito colateral. – Mas eu quero que ela morra! – Muito bem, leve este aqui, é tiro e queda! – Mas eu não sei usar armas! – A senhora não vai prec..., deixa pra la. – Moça eu também quero comida pra rato. – Senhora, não precisa gastar dinheiro com ração, ratos comem qualquer coisa. – Então me dá veneno mesmo! O cão que ainda estava deitado no meio do corredor, chegou até a balançar a cabeça e soltar uma risadinha. Que bom que isso é só uma piadinha.

e-mail: edsontomazdesouza@gmail.com

E Souza
Enviado por E Souza em 12/09/2014
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