Minha experiência com a cannabis sativa (maconha)
O deputado federal Jean Wyllys resolveu comprar a briga para a liberação da maconha. Eu não tenho nada contra essa liberação, mas é preciso pesar e repesar muito este ato. Não estou falando isso por preconceito ou por puritanismo, estou falando com conhecimento de causa. Tive e tenho vários amigos e colegas de trabalho que são usuários, mas usam numa boa: não incomodam nem prejudicam ninguém. Inclusive tem um desses amigos (McLaren) que faz uso desde bem jovem, pois praticamente a família dele toda é usuária: pais, irmãos, tios, primos... E agora são os sobrinhos. E, por acaso, dois sobrinhos desse amigo, são meus sobrinhos netos. Para mostrar que eu tenho mais conhecimento de causa, o meu filho começou com esta “inofensiva” maconha, hoje é usuário de crack (como ele diz: é “desbloqueado”, usa tudo). Como vocês podem ver, eu praticamente convivo nesse meio, pois tenho filho, amigos, sobrinhos e ainda tem os agregados: os primos da minha esposa também são usuários.
O que eu quero frisar bem é que, assim como o álcool, tem pessoas que usam e não se tornam tão dependentes. Então não cometem atos que incomodam ou prejudicam a Sociedade. Se todos que usassem essa “inofensiva” folhinha só ficassem “numa boa”, fazendo suas musicas, pintando seus quadros ou simplesmente rindo à toa, seria ótimo. Mas tem pessoas que se tornam agressivas, tem pessoas que “fazem a cabeça” para criar coragem e praticarem assaltos, tem pessoas que usam esta “bendita” folha para outras coisas, que não é ficar “numa boa”.
Como eu disse antes, meu filho começou a consumir esta “bendita erva”, e agora está consumindo a “maldita pedra”. Imaginem o trabalhão e o prejuízo que ele tem dado aqui em casa, roubando e quebrando tudo. Ainda bem que o meu filho só faz essas coisas aqui em casa. Mas os primos da minha esposa, dois já estão “do outro lado”, um está sumido e outro foragido, justamente porque foram roubar ou procuraram confusão. Minha sobrinha (neta) (aquela da família de usuários) já foi presa duas vezes. Na primeira vez minha sobrinha (a mãe dela) se virou e arranjou um advogado para soltá-la. Na segunda vez ela passou uma temporada na detenção. Tem três amigos meus de infância que ficaram malucos. Deguinha, até pouco tempo atrás, eu sempre o encontrava pelas bandas do Pelourinho, completamente maluco. Negão, a última vez que eu o vi foi querendo parar um ônibus (pensou que era super-homem). Se o motorista não freasse, teria matado ele. Depois disso ele sumiu do mapa. O único que ainda vejo é Amintas. Eu sempre o encontro indo para o CAPS (centro de saúde mental), onde ele faz tratamento. Ele me reconhece, fala comigo, mas está “lerdão”... Eu poderia citar outros exemplos, mas acho que só estes já são o suficiente para fazer com que os adeptos da liberação pensem bem. Acredito que tudo é uma questão de personalidade. Tanto o álcool como as drogas liberam o inconsciente da pessoa. Tem gente que libera o lado bom. Porém tem gente que libera o lado mau, o reprimido, o humilhado. Pensem bem, senhor deputado e senhores usuários que querem fazer uso “licitamente”.
21.03.2014