MOMENTOS DE PURA EMOÇÃO.

Então, não estou estendendo a minha historia, pois raramente eu a contei, não descarto promessas nem reticencias nos momentos solitários que acordei. Ainda assim, ouvi o que eu quis ouvir, e declarei o que eu quis declarar, não atirei palavras em falsos pássaros que ainda cantam, não abri conchas sem perolas, não beijei um adeus, nem descri da eternidade.

Eu não tento impedir a razão, mesmo em um momento de pura emoção. Não dividi o chão em concreto, e meu magneto não é à esquerda do seu direito, não sou um espaço na areia do tempo, não sou um movimento em onda, não sou a plataforma do trem, nem o que transforma e só mantém. Então, não apenas deixo espaço, no disfarço em que sou atraído pelas coisas, como que te preservo.

Não sou o escape de um problema, nem sou um esquema que produz uma ágape. Não sou uma mentira que parece inocente, nem deixo dizer o que me assente mesmo sendo evidente. Não há obstáculo que nos estorve de desfrutar a nossa temperança, ou mesmo um dia novo feito uma criança, que a nossa usança se fez na aliança, que ascende e realça.

Não sou o controle da minha pendencia, nem o porquê da tua fluência, nem o que aponta que nós todos somos os mesmos em essência, de onde os anjos veem por um sinal do firmamento. E para podermos achar o lugar de aditamento, sempre é preciso ler as entrelinhas, soletradas nas palavras em movimento. Nem as imagens negativas são de desalento, e a escolha dos critérios são os principais fatores para os valores de toda humanidade.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 11/09/2014
Reeditado em 10/07/2018
Código do texto: T4957905
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