Politiquice e politiquismos

Foi dada a largada! Candidatos saindo pelo ladrão (ironia off), buscando votos aqui e acolá como se fossem esfomeados lutando por um prato de comida. Alguma novidade? Nenhuma. Mas as atuações nas redes sociais, estas sim, estão de encher os olhos (de lágrimas).

Falar sobre candidatos e suas estratégias de campanha virtuais demanda um conhecimento que me falta e uma paciência que prefiro dedicar a outras coisas. Mas quanto aos partidaristas, aos “donos da razão” e aos instigadores online, estes sim, fazem um desfavor sem tamanho quando decidem fazer dos dedos boca e metralhar a Internet com defesas de interesses de seus candidatos. E quando digo “defesa”, não é elogiosa ou apaixonadamente.

Uma rápida passada por tuíter, feicibuqui e afins e o que vemos é um sem fim de suspeitas, denúncias, insinuações, acusações e disse me disse. Candidatos se digladiando e procurando mostrar o pior lado de seu adversário, esquecendo-se de exaltar suas próprias qualidades. Politiquice da mais baixa, em que os partidários usam de deturpações contra seus antagonistas para justificar ao eleitor o porquê de ele escolher A ou B.

Em épocas passadas pelo menos os candidatos tinham a “decência” de mentir descaradamente e prometer fazer isso e aquilo. Se empenhavam em mostrar seu lado família, seu contato junto ao povo, sempre prometendo ser a solução para os problemas das comunidades e “com certeza voltar mais vezes, não só em época de eleição”. Este sim, o verdadeiro politiquismo em sua forma mais pura.

Antes quem tinha olho em terra de cego era rei, hoje quem tem a conexão mais rápida é o senhor da informação que bem lhe aprouver. E nós, que estamos do lado de cá da tela, vamos engolindo, engolindo e engolindo, como peixes no cativeiro. Que peixe? Idiota, claro!