METAMORFOSE
Por pouco não sou visto! É melhor me manter bem escondido, até que eu me acostume ou ao menos entenda o que está acontecendo...
Noitada! Boate fantástica! Mulheres! Uísque! Stripe... Fim de noite, duas gatas...
Enjoo... Sono ou tontura? Sei lá! Apaguei...
Que noite longa! Parece que durou séculos! Levantei e caí da cama. Caí mesmo! Que diabo de cama tão alta! Nunca reparei nisso...
Vou pro banho! Como? Está tão longe. Estou andando tão rápido e não chego. Por quê?
Incompreensível... Sinto meus pés ágeis e com ritmados passos...
Ei, a porta. É mamãe. Ela chama e não me vê. Acha que eu já saí. Sinto vontade de gritar "Mãe, tô aqui! Me ajude a chegar ao banheiro...!" Ela está tão alta e vai se assustar comigo. Saiu.
As horas céleres caminham e eu continuo a minha jornada até o banheiro... Passo em frente à tampa de uma lata de biscoitos, esquecida perto do sofá. Olho-me! Sou eu?
Movimento-me como um louco, fazendo mímicas cômicas. Aquela imagem a tudo corresponde...
Deus o que era aquilo? Como é possível?
Dormi homem e acordei um centopéia...
Mistérios da noite..."
THERALOBO
(Setembro de 2014)