O RELATO DE UM PESADELO
Despertei-me de um sono agitado, do qual tive um sonho ruim um pesadelo. Agora insone, em plena vigília, meu cérebro processa minuciosamente as senas do sonho que tive. Em replay elas vêm robustas em minha memoria: "Um homem de notável vigor_ jovem e robusto lutava com outro homem igualmente saudável e vigoroso; ambos aparentavam ter a mesma idade, entretanto um deles apresentava forças minguadas em relação ao outro. O mais forte partiu-se com toda fúria pra cima do adversário, impiedosamente golpeava-o com punhos cerrados e com a força de mil demônios estava ele determinado em ceifá-lhe a vida. Como fera implacável o homem mais forte agarrava a cabeça do adversário e colidia-a com uma pedra de tropeço que havia na estrada de terra vermelha onde lutavam os dois homens. Totalmente dominado, o homem que levava desvantagem na luta tentava debalde escapar-se da fúria do seu algoze. Este num lampejo de vacilo viu seu adversário escapulir-se de suas mãos sedentas de sangue. Numa destreza de felinos ele agarra um pedaço de madeira, vinda não sabe-se donde, golpeou-o nas costas, ferozmente, até roubar-lhe todas as suas forças. O homem encontrava-se desfalecido no meio da estrada vermelha empoeirada e seu algoze ainda não se dava por satisfeito e começou despedaça-lo com os dentes. A carne do homem cuja vida estava sendo ceifada cruelmente era dilacerada enquanto o sangue abundantemente empapava essa estrada... "
Fui chamada de modo providencial à vigília. Aquela sena perturbadora que ficou impressa na minha lembrança convidou-me à uma reflexão acerca da condição alimária do homem. Permaneci pensativa por alguns minutos tentando compreender por que o homem é cruel, vil, prevaricador...? Mas no entanto, mesclas de docilidade, retidão formam traços no caráter de alguns indivíduos contrapondo a condição alimária típica da natureza humana.