UMA BOMBA EXPLODE POLITICAMENTE NO BRASIL
Comentários no link do blog: http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2014/09/uma-bomba-explode-politicamente-no.html
Uma bomba atômica chamada Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso no Paraná, explodiu no colo dos políticos, chamuscou ações da empresa na Bovespa e poderá causar um tsunami político na corrida presidencial. As informações que vazaram para a imprensa, tiveram um efeito devastador porque apontam três ex-governadores, mais vinte e cinco políticos entre Câmara e Senado envolvidos em falcatruas dentro da empresa, que já foi um orgulho nacional. Nenhuma acusação direta contra a presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva foram divulgadas. Mas, contra Eduardo Campos, falecido em acidente aéreo, pesaria a denúncia de que ele estaria envolvido no esquema de propina com as obras da Refinaria Abreu e Lima, que sua ex-vice e agora candidata está pedindo para ser apurada e promete que se for eleita, ela a Polícia Federal se aprofundará nas investigações para não manchar com tinta negra a biografia do ex-candidato do PSB à presidência da República.
Os outros dois governadores que supostamente estariam envolvidos seriam Sérgio Cabral, do RJ e Roseane Sarney, do Maranhão, Estados onde a Petrobras exerce grandes influências em seus negócios. Supostamente o esquema envolveria também um membro do PT e políticos do mesmo partido, mas nenhuma acusação direta fora feita dizendo que a presidente Dilma Rousseff também estaria envolvida no esquema. Mesmo assim, toda a corrida presidencial poderá ser afetada, mas isso só será percebido na nova pesquisa eleitoral. Políticos de vários outros partidos estariam supostamente envolvidos na denúncia, inclusive o presidente da Câmara Federal, Luiz Eduardo Alves, mas todos negam as informações e vão morrer negando como fizeram os envolvidos no escândalo do mensalão porque não serão burros para admitir, mas onde há fumaça, existe fogo também e o denunciante Paulo Roberto Costa não acusaria ninguém se não tivesse provas, pois ele receberá depois o benefício da justiça por ter colaborado com um dos mais emblemáticos casos de escândalo envolvendo a Petrobras.
Todos os políticos citados se defendem, dizem que nada fizeram e a campanha prossegue para chegar à residência oficial e ao cargo de presidente do Brasil. É estranho que tanto na corrida presidencial como em vários Estados, essas denúncias políticas só apareçam sempre em véspera de eleições. Seriam para confundir os já confusos eleitores brasileiros, ou seriam apenas manobras de advogados e marqueteiros envolvidos na campanha que viram no depoimento elementos capazes de mudar completamente os rumos da disputa política no país? Durante quatro anos não acontece nada, ninguém denuncia nada, mas se dá muita ênfase nessa época de campanha.
O depoimento, ainda sigiloso, de Paulo Roberto Costa chamuscou as ações da Petrobras na Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo, que fecharam em queda, apavorou os principais líderes na corrida presidencial, fez com que políticos da CPI e da CPMI, que investigam o mesmo assunto, trabalhassem, fizessem requerimentos e outros anunciassem que pode ser apenas jogo de interesse para prejudicar a campanha presidencial e por ai vão as desculpas. Mas que vai mexer com a preferência do eleitorado, ah, isso vai sim! É só esperar a próxima pesquisa! O eleitor está como bosta n´água e sobe e desce de acordo com a maré, as ondas do mar e as enchentes dos rios, que duram seis meses no Amazonas.
Enquanto isso, poucos se preocupam em dizer o que farão para tirar o Brasil do caos em que se encontra. Todos os candidatos falam genericamente do que pretendem fazer, mas será que vai dar certo? Será que dará errado? Só depois de eleitos, os candidatos poderão provar se o que prometem será cumprido. Mas uma coisa é certa: o Brasil não vai sair do lugar se os políticos carreiristas continuarem no poder e muitos devem permanecer com seus mandatos. Nada mudará se as reformas políticas, fiscais, monetárias, educacionais, em saneamento básico e em meio ambiente não foram implantadas e feitas com seriedade. Por que será que muitos candidatos prometem que se forem eleitos farão isso e aquilo e depois nada fazem? Seria a lentidão com que as casas legislativas andam no Brasil? Pode ser.
Mas, quando jovens apartidários, sem bandeiras, sem partidos, mas com ideologia de transformar o Brasil, foram às ruas, as casas legislativas rapidamente criaram agendas positivas, votaram, aprovaram, rejeitaram e excluíram propostas polêmicas que tramitavam há anos nos Poderes. Será que os jovens precisarão voltar às ruas mais uma vez porque depois que partidos políticos começaram a se envolver nas manifestações, as transformando em badernas, depredações e queima-queima, nada mais andou no país?
Jovens, a bomba atômica política explodiu nas palavras do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Caberá aos senhores jovens comprometidos verdadeiramente com um novo Brasil voltar às ruas no dia 5 de outubro, portando apenas o Título Eleitoral, sem máscaras, sem bombas, sem pedras e depositar nas urnas seus votos para expurgar os maus políticos, eleger os que acham bons e construir um novo país, dos respeitos que sobrarão do estrago político promovido pelo depoimento vazado para a imprensa, de forma extraoficial. Nenhum órgão público deve ser comandado por políticos ou a partir de indicação política, a menos que as pessoas já pertençam aos quadros das empresas. Caso contrário, servirão sempre como moeda de troca com partidos políticos que os indicaram e serão utilizados para formar caixa 2 para as campanhas partidárias. Os diretores devem obrigatoriamente ser executivos de carreira dos órgãos para evitar esses problemas, facilitar a apuração dos fatos e exonerar os envolvidos em desvios de condutas éticas!
Esse não seria o momento? Entendo que sim!