Ingênuas camisetinhas
Sempre usara uma camisetinha por baixo de outra blusinha. Lógico, muito lógico. Ilógico eu diria... caramba! Que saco! Mas, pensando bem. E se os pombinhos quisessem dar os ares da sua graça? E nem eram garças, mas pombos novinhos. Pombos emergindo para o novo e desconhecido mundo. Nada de libertinagens, - ela sempre escutara.
- Tchau pai
- Tchau mãe
- As suas bênçãos. Que saco!
E lá ia ela toda serelepe para a sua escola. E pelo caminho sempre encontrava umas que iam contando vantagens.
- Sabe o Renato Pé de Barão? Fiquei com ele na festa da Sylvia. Beijei muito aquela boca.
- Sabe o Henrique? Já fiquei com ele também.
- E você? Nunca ficou com ninguém?
(Pronto. Que pontapé!)!
- Não, nunca, não. Quer dizer... eu gosto do Rogério, sabe?
- Sei!!!! Ele é lindo. Mas, você nunca ficou com ele?
- Já, sim.
- E você o beijou de língua?
- Não. A gente pegou na mão um do outro naquele dia do cineminha.
- Só isso?!!!!
- É.
- Ihhh, agora que reparei. Você usa camiseta por baixo do uniforme é?
- É. (toda vermelhinha...) Chega com essa conversa boba, por favor.
- Tá bem, tá bem. Você é quem sabe.
Ao término da aula, voltando para casa...
Entrou no banheiro para um banho reparador. E sentiu o frisson. A camisetinha roçando de leve aquela parte tão sensível. Afastou as mãos, e assustada entendeu o perigo. Mas no canto da boca esvaiu-se num deleitável sorriso.