Ingênuas camisetinhas

Sempre usara uma camisetinha por baixo de outra blusinha. Lógico, muito lógico. Ilógico eu diria... caramba! Que saco! Mas, pensando bem. E se os pombinhos quisessem dar os ares da sua graça? E nem eram garças, mas pombos novinhos. Pombos emergindo para o novo e desconhecido mundo. Nada de libertinagens, - ela sempre escutara.

- Tchau pai

- Tchau mãe

- As suas bênçãos. Que saco!

E lá ia ela toda serelepe para a sua escola. E pelo caminho sempre encontrava umas que iam contando vantagens.

- Sabe o Renato Pé de Barão? Fiquei com ele na festa da Sylvia. Beijei muito aquela boca.

- Sabe o Henrique? Já fiquei com ele também.

- E você? Nunca ficou com ninguém?

(Pronto. Que pontapé!)!

- Não, nunca, não. Quer dizer... eu gosto do Rogério, sabe?

- Sei!!!! Ele é lindo. Mas, você nunca ficou com ele?

- Já, sim.

- E você o beijou de língua?

- Não. A gente pegou na mão um do outro naquele dia do cineminha.

- Só isso?!!!!

- É.

- Ihhh, agora que reparei. Você usa camiseta por baixo do uniforme é?

- É. (toda vermelhinha...) Chega com essa conversa boba, por favor.

- Tá bem, tá bem. Você é quem sabe.

Ao término da aula, voltando para casa...

Entrou no banheiro para um banho reparador. E sentiu o frisson. A camisetinha roçando de leve aquela parte tão sensível. Afastou as mãos, e assustada entendeu o perigo. Mas no canto da boca esvaiu-se num deleitável sorriso.

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 08/09/2014
Reeditado em 08/09/2014
Código do texto: T4953854
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.