SAIR DE CASA

Trancar a porta sem saber para onde se vai! Não é uma decisão fácil. Mas sair do casulo não é tarefa apenas para as borboletas. Foi fora dele, que a minha vida começou a mudar. Me senti tão adulta, quando estava subindo as escadas do ônibus e procurando o número da minha poltrona. Olhei para a janela e jurei que tudo de ruim ficaria para trás. Meu destino: Vida nova.

O mais legal de sair da cidade, é poder ser realmente quem você é. Sorrir para estranhos com a certeza de que eles são apenas isto. Descobrir que ainda existem pessoas que sem te conhecer fazem mais do que os que levam seu sangue na veia. Fora que, manter a identidade secreta sem trabalhar na CIA, também tem seu charme.

Como nunca dormi fora de casa, ir para um hotel pareceu à solução mais cabível. Noticia má: Não serviam jantar, e o café da manhã, só amanhã. Deitar a cabeça em um quarto diferente, confortável, mas não seu. Como me fazia falta um livro no criado mudo, uma foto na parede e as lembranças que deixei.

Ao abrir a bagagem, encontrei mais nostalgia do que roupas. Caminhando pelas ruas, me perdia pensando onde iria dormir. Tanto que, alguém me encontrou. Esse alguém, a quem sou muito grata, me levou para sua casa, sem saber quem era àquela menina assustada que estava à sua frente. Confesso que, me senti segura. Ainda não compreendi tanta bondade, apenas percebi que, nem todos os anjos voam, alguns caminham até você.

Sarah Marques
Enviado por Sarah Marques em 06/09/2014
Reeditado em 06/09/2014
Código do texto: T4952051
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