"GERAÇÃO DOENTE E DEMENTE" Crônica de: Flávio Cavalcante
GERAÇÃO DOENTE E DEMENTE
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Literalmente falando, o meio moderno está fazendo dos nos nossos jovens, um criadouro de doentes e dementes. A desatenção e a incomunicabilidade dentro de casa, mesmo estando todos no mesmo habitat é de uma preocupação extraordinária. Pais e filhos não tem mais uma comunicação direta.
A modernidade é interessante para alguns aspectos melhorando e facilitando as nossas tarefas do dia a dia, mas é vil em outros pontos. Cito o exemplo do interior de uma residência. Mais de 80% da populaça vive em comunicação com um celular usando aplicativos de redes sociais e se comunicam por ali mergulhados num mundo virtual. É bem verdade que é um adianto na vida dos jovens, principalmente se usado corretamente. A geração mais da antiga reclama, sentido falta de uma conversa amigável como seus filhos e esposa.
Em pesquisa tive a oportunidade de conhecer um pai que entrou em depressão por não ter mais contato com a sua família mesmo convivendo no mesmo teto que ela. Segundo o anfitrião, todos vivem alucinados e declarou que atualmente os jovens vem de uma geração de demência. Eles vivem mais presentes na vida de pessoas ausentes que ele mesmo que está presente no dia a dia um do lado do outro.
Imaginem chegar em casa, seu filho está trancafiado dentro de um quarto com um celular no aplicativo WatsAPP? No outro cômodo está sua esposa no facebook também dando altas gargalhadas com amigos que ela tem a preocupação de todos os dias dar o primeiro bom dia, sem ao menos nunca ter visto nenhum deles. É realmente deprimente e uma realidade comum nos dias de hoje. Ou incorpora à sociedade uma vacina da doença epidêmica ou caso contrário sempre vamos encontrar pais de família solitários, pedido pelo amor de Deus um pouco de atenção de sua família.
Continuei a entrevista com o tal cidadão, o que chamou minha atenção foi quando ele delatou com bastante tristeza que chega em casa e para se comunicar com o seu filho ele teve que pedir licença à sua esposa e pelo computador dela entrou no facebook do filho e deixou recado que estaria precisando falar com ele com urgência. Segundo ele não estava mais aguentando levar a vida daquele jeito e conversou com a sua esposa que se continuasse assim era melhor cada um viver a sua vida de maneira separada.
A doença da modernidade está tão grave que na minha opinião vai demorar para encontrar uma vacina para extirpar a mazela que veio para ser benevolente e malevolente ao mesmo tempo.
O que aguça nessa epidemia é a novidade em primeiro lugar depois o vício; este, que tá destruindo a vida sadia dentro do lar. As principais vítimas são os jovens que vivem grudados ao mal, achando que é maravilhoso. O perigo transcende a ignorância e os jovens só caem no real quando passam a ser as vítimas de suas próprias irresponsabilidades. A exposição ao mundo sem nenhum pudor, corpos nus expostos como um objeto à venda. Linguajares chulos e desrespeitosos e deixando ir de água a baixo toda educação aprendida na sala de aula.
Lamentavelmente vemos nos meios de comunicação do nosso dia a dia as maiores tragédias de assassinato, estupros, roubos e etc.
Estamos vivendo um momento de alucinação e demência. A fissuração pelo virtual chega a um grau tão vil, que vemos em qualquer lugar que frequentamos, a maioria das pessoas parecendo zumbis de olho na tela de um celular recebendo e enviando mensagens instantâneas completamente desligados do mundo real a ponto de no dia a dia, encontrarmos acidentes terríveis por desatenção desses jovens, que não percebem que muitas vezes atravessam avenidas movimentadas por veículos sem sequer olhar se sinal está verde ou não. Acidentes com motoristas que por causa dessa epidemia esquecem que está no volante e o veículo está em alta velocidade. Mesmo assim enviam e recebem mensagens.
Por causa dessas atrocidades as leis de trânsito vêm numa rigidez cada vez mais severa, usando a disciplina como forma de vacinar e trazer as pessoas do mundo virtual para o mundo real. Lamentavelmente todos pagam por irresponsabilidade dessa geração doente e demente.
Flávio Cavalcante