MAU CARÁTER.

“Observa o que um homem faz. Acompanha seus argumentos. Examina em que se apóia. Como pode um homem ocultar seu caráter?”CONFÚCIO.

Quando aos poderosos nada mais resta que investir contra tudo que os ameaça para retirar de seu alvedrio a disponibilidade para continuar no caminho da ruína e desfazimento de possibilidades que favorecem o coletivo e não o pessoalismo, tornando forte a impessoalidade, colocam em funcionamento o péssimo caráter que têm.

De tudo lançam mão, da detração em todos os seus graus até o vilipêndio, mesmo não provado, fazendo-o contra os que os ameaçam. Tem sido assim na história, " A Cidade Antiga", "La Cité Antique" de Foustel de Coulanges, um máximo livro sobre história, tem muito a contar.

Vilipendiar é provocar o rebaixamento, diminuir, açoitar ainda que inverdadeiramente ou irresponsavelmente com palavras, gestos e condutas.

É o velho recurso de Maquiavel sob nossas vistas exercido também de forma temporânea, tirando dos escaninhos da história parceiros similares em analogia de fatos atuais, como o Rei Sol na França, “L´ Etat ce moi”.

Hoje, como em Florença na Itália, prevalece o tudo ao Estado, tudo ao Príncipe, ainda que com prejuízo do povo, mas sempre “sob remuneração”. Como fazia Maquiavel e na história muitos fizeram colocando dinheiro, faculdades e poder ao serviço do que seria um caráter duvidoso e claramente exposto.

Catilina no Senado Romano foi descoberto por Cícero em tempo. O mau caráter em nossos dias não trabalha escondido, sabe que a impunidade é regra, não exceção, e o império da lei deixou de ser imperativo para formar ao lado de vontades e caricaturas distantes das regras.

Se a lei diz que quem serve ao Príncipe e suas instituições, suas engrenagens não podem trabalhar para que ele continue gerindo o Principado (em uma eleição analogicamente), por evidente desequilíbrio de forças, como liberar para que contrariamente à lei tal ocorra? É o que acontece aqui.

Caráter perfila ao lado da lei e principalmente nunca ofende, detrata, diminui ou põe em dúvida o que está claro relativamente à honra. Não podemos projetar nossas condutas em outros que têm condutas lisas e corretas.

“A mente do homem superior preocupa-se com a retidão. A mente do homem inferior preocupa-se com o proveito”.CONFÚCIO.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/09/2014
Reeditado em 06/09/2014
Código do texto: T4950664
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