Um capítulo da Bienal
Izabel Eri Camargo
Com o coração palpitante e um passso de gigante, cheguei ao pavilhão do Anhembi. Os recepcionaistas entenderam o meu olhar curioso e iniciaram os questionamentos. Falei sim, estou cadastrada, só desejo adquirir o crachá. Insistiram em acompanhar-me ao local, e, com eficiência, indicaram-me o caminho sinalizado com letras, em ordem alfabética que, com facilidade, encontrei o estande da UBE/SP, onde faria o lançamento de um livro de minha autoria, no dia seguinte. De início, encantei-me com a eficiência das pessoas e a organização do espaço. Na estande da UBE, conheci alguns responsáveis pela administração da entidade que receberam-me com muita simpatia. Logo, expuzeram meus livros em seu espaço e combinamos a sessão de autógrafos do dia seguinte - 27/08. Depois de agradável bate papo, a visitação começou. Encontrei na imensa área de alimentação um belo café com pão de queijo saboroso. Continuando a passos largos, cheguei ao Espaço Imaginário; lá a imaginação rolava solta entre pessoas misturadas, desenhando, pintando, falando, sorrindo, brincando com sua criatividade. Foi fantástico! Vencendo distâncias localizamos, além do mapa, o Espaço de Autógrafos. Meus olhos dançavam para identificar editoras, livros e tudo o mais em inovações. Surpreendeu-me a quantidade de crianças em visitação, porém na Central de Informações ouvi a explcação: “são escolas liberadas pelo governo em determinados dias, para visitas sem pagar ingresso.” Senti uma atração pelo Salão de Ideias, parecia um imã, paralizando meu olhar ao ver pensamentos voando como um bando de andorinhas em festa. Ali rolavam debates com escritores, pensadores e artistas sobre variados e relevantes temas sociais e culturais. A noite convidou-me à reflexão sobre a riqueza cultural reunida em tão belo espaço de mais ou menso sessenta mil metros quadrados. Novo dia, grande desafio, a minha sessão de autógrafos do livro “Paisagens Brasileiras em Poesia” (haikais e aldravias). Encontrei o espaço da UBE/SP (União Brasileira de Escritores/SP) preparado e acolhedor, onde permaneci no horário determinado, sentindo a receptividade da administração e o carinho dos leitores. Os paulistas olhavam os livros, perguntavam, faziam comentários, junto a autógrafos. Poetas ofereceram-me seus cartões com endereços, buscando intercâmbio de ideias. Ao final do horário destinado a autógrafos, iniciou-se um Sarau Poético pelo grupo da Casa do Poeta de Campinas. Estava assistindo, quando o Presidente convidou-me a participar. Devido a sua insistência, apresentei-me, fazendo leituras poéticas de aldravias retiradas do livro que autografei, pois o referido livro foi premiado pela Câmara do Livro, da Academia Brasileira de Estudos e Pesqisas Literárias /RJ, com a outorga e medalha – Livro OURO 2014. Foi um momento nobre de beleza literária. Assim, a 23ª Bienal Internacional do Livro projeta as Artes e as Letras no Cenário Internacional, destacando valores genuinamente brasileiros. Escritores, poetas e artistas estão de parabéns pela qualidade das obras literárias oferecidas ao público.