Meu lugar.

Manhã ensolarada, um dia vivo, repleto de aromas e sons, escuto o cantar dos pássaros, as águas correntes do rio próximo. Debaixo de uma árvore sento-me, pego meu bom e velho livro, abro-o numa página qualquer e leio em tom firme e devagar, uma passagem que me faz pensar por horas.

Penso na minha futura vida, tento me desvendar- mas não sou capaz- dizer o que serei, onde estarei.

De repente ouço minha mãe me chamar ao longe:

-Venha para dentro, vem uma chuva aí!

Me espanto, olho o tempo em minha volta, não percebi que enquanto refletia a frase de meu livro, o sol sumira em meio as nuvens carregadas, mal percebi o quanto fazia frio lá fora, que o aroma floral fora levemente dando lugar ao cheiro de uma chuvarada, alevanto-me repentinamente, pego meu amigo - o velho livro, tão querido- corro em direção a ela, minha doce mãe.

Entro naquela casinha pequena, aconchegante e tomo o delicioso café, que só ela sabia fazer em dias de inverno. E adormeço ouvindo o som dos pingos sobre o telhado velho, e dizendo em mentalmente:

-Talvez, devo apenas ficar aqui, viver aqui, em meio a tranquilidade do mato.

Daniel_
Enviado por Daniel_ em 01/09/2014
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