Novidades no Front?
 
 
                                  "Todas as coisas do mundo conduzem a
                                  um encontro ou a um livro". Jorge Luís Borges

                                   "Acho que o escritor deve escrever para a
                                   alegria do leitor."  Jorge Luís Borges 
 
 
                  Nossa memória é curta e sempre traiçoeira.  Não sei mais de quem aprendi a expressão “Novidades no front?”  Parece que a pergunta se dirige a algum soldado em alguma guerra mundial. Alguém quer saber se alguém morreu no teatro de guerra.
                  Até me imagino, longe do front, descascando batatas para a refeição dos soldados e fazendo a pergunta clássica: “ Novidades no front?”  O interessante é que esta pergunta tornou-se inesquecível para mim.  Tanto é verdade, que passei a fazer essa pergunta todos os dias ao meu amigo que costuma tomar o café da manhã comigo na padaria da D. Olga.
                  Quando o leitor ou leitora passa pela minha página, ele quer exatamente isso:  “Novidades no front?”
                  A novidade é que firmei o meu conceito de que deveríamos viver, no mínimo quinhentos anos. Digo isso porque acabei de saber que o grande dramaturgo Bernard Shaw ( que admiro) dizia que  o ser humano teria que viver 300 anos para se tornar adulto.  Ainda acho pouco!  Tenho uma prova disso, ou melhor, duas provas disso.  A primeira, é que o advogado de hoje, no Brasil, para ver o término de um processo precisa viver 200 anos. E a segunda, essa mais subjetiva, é que todos nós sempre nos sentimos como se ainda tivéssemos 15 ou 17 anos, mesmo que cronologicamente tenhamos 70. E acho que foi o Shaw que também disse que aos cem anos poderíamos ter um filho.    Só nesta idade estaríamos preparados para ter um filho. Um só!   
                  É aquela história da superpopulação que venho comentando há muito tempo e parece que ninguém está ligando. O planeta não aguenta mais tanta gente.
                  Nunca foi tão verdade verdadeira o que alguém já disse no passado:  “ Os espelhos e a cópula são abomináveis porque multiplicam o número de homens”. Agora me lembro, foi Borges, em um dos seus contos fantásticos, que disse ter encontrado esta frase numa antiga enciclopédia Anglo-Americana.
                  Encerro a crônica desejando um bom domingo aos amigos e amigas, não sem antes perguntar:  -  Novidades no front?
                 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gdantas
Enviado por Gdantas em 31/08/2014
Reeditado em 31/08/2014
Código do texto: T4944052
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