ASSIM É SER FELIZ!

É natural que todas as pessoas busquem incessantemente a felicidade, e assim, é gasto parte da nossa vida, ideando por algo que já se encontra latente em cada um de nós. Porem, acreditamos que só seremos realmente felizes quando realizamos os nossos sonhos de consumo.

Participar de um relacionamento perfeito, um emprego com salario generoso, uma casa própria, um carro do ano etc. Buscamos na materialidade tudo o que cremos que vai nos tornar feliz, e em cada busca frustrada somos compelidos a achar que não temos sorte, e que alcançar o sucesso torna-se um sonho de difícil realização.

Só que olvidamos que existe uma realidade que nos é invisível, e que é a maior causa dessa luta desenfreada ao encontro da tal felicidade. É que somos arquitetos das nossas ideias formadas, e na nossa medida coloquial de raciocínio, as coisas tem que se amoldar ao nosso gosto, e não ao contrario.

Assim, imaginamos as pessoas, coisa e fatos com tais requisitos para ser aquela moldura especial, ou aquele bem do nosso desejo, e tudo aquilo que precisamos preencher, para determinar as nossas reais necessidades.

É claro que a gente querer as coisas e sonhar com o que queremos, pode mesmo atrair aquilo para nossa vida, mas, nos prender à forma que escolhemos, e eliminar tudo que foge a ela, pode, na verdade, ser uma maneira muito sutil de nos fecharmos para a vida.

Muitas vezes, uma pessoa que consideramos que vai se amoldar a nossa realização, acaba não se enquadrando em nada do que imaginamos. A casa onde achamos que vamos elaborar os nossos devaneios, pode estar a distancia do sonho que o nosso sentido de compreensão gerou, e o proposito que nos nutre e dá a concretização a nossa alma, pode nem de perto se coadunar ao que cremos ser o ideal, o local e a maneira onde vamos alcançar uma evolução espiritual, pode ser muito diferente de tudo que já imaginamos.

Muitas vezes, essa contrafação de "ideais” que inventamos, são submetidos por um controle dos nossos pensamentos confusos, que são excessivamente circunscritos, e nem sempre espelham verdadeiramente o que vai nos trazer contentamento. Quantas coisas precisariam ser eliminadas por não ser "o que tem a ver comigo". E em tempo algum nos vem a memoria de que esse "tem a ver comigo" não tem nada efetivamente a ver com quem realmente somos.

A sensação real de satisfação, inúmeras vezes aparece de maneira inesperada, mas, para isso, é preciso que a gente se autorize a conhecer por experiência, o novo. Se consinta a se abrir para as coisas que a vida nos apresenta, mesmo que aquilo não se enquadre aos nossos modelos ideais, é bom lembrar que esses modelos podem ser os “ideais” das nossas impressões adquiridas anteriormente, e não da nossa Alma. Porque a Alma, não se limita a determinadas proporções, que as nossas ações querem nos estabelecer.

Acredito que o contentamento não se subordina às coisas fora da gente, e que quanto menos preceitos e regras nos serem integralizadas, mais iremos nos dimanar em felicidade, e que quanto menos preceitos prontos à gente seguir, mais fácil será usufruir a felicidade que a vida tem a nos oferecer.

Se nos esgotarmos das ambições do nosso ego, e dermos liberdade a nossa Alma, para que esta nos leve brandamente para os nossos encontramentos, e para os experimentos que vão nos fazer progredir incessantemente, será mais fácil ter o usufruto à felicidade a cada instante. Nada de criamos regras, receitas, porque não acreditamos que a vida pode nos abastar de tudo a cada dia, e que seremos felizes assim desse jeito.

Assim, vamos passar grande parte da nossa vida, rejeitando pessoas, coisas e fatos, e buscando outras que se ajuste em nossos ideais de felicidade, para um dia deslindar que não era nada daquilo que ambicionávamos, e que a felicidade sempre vem de dentro para fora, e nunca de fora para dentro.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 26/08/2014
Reeditado em 10/07/2018
Código do texto: T4937395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.