...e na hora da nossa morte...

No ano em que eu fui parido ele já trabalhava na empresa do pai. Mais ou menos dois anos depois ele assumiu o controle da empresa e fez dela mega empresa, grande conglomerado. Ao longo dos anos conquistou admiração, tanto no mundo empresarial, quanto dos que o conheciam. Filantropo autêntico não fazia alarde do bem que fazia para as pessoas necessitadas. Mas uma vez ele me deixou triste e decepcionado, concorreu a cargo político. Felizmente perdeu a eleição. Imagino o quanto ele deve ter se decepcionado com os eleitores ao perder para Orestes Quércia. Bem feito para ele e bem feito para os eleitores.

Ele morreu ontem, morreu em idade avançada e sem saúde. Não poderia ter feito coisa melhor. Morrer faz parte. E em certa circunstancias é o ideal. Mas morreu de forma errada. Poderia eu dizer que morreu quase no anonimato. Não houve comoção ou alarido por parte do povo ou da imprensa.
Antônio Hermínio de Moraes!
Morreu ontem e foi sepultado hoje.

Eu comecei dizendo que ele já trabalhava no ano em eu nasci. Eu digo que ele criou o maior conglomerado privado do Brasil e talvez da América do sul. Empregou milhares de pessoas. Ajudou a nação a cresce com trabalho, com ajuda humanitária, etc.

Não faz muito tempo que um outro homem morreu. Um homem que desde os vinte anos de idade mamou nas tetas do estado e se não tivesse morrido aos quarenta e poucos anos de idade em acidente aeronáutico mamaria nas tetas do estado por tantos quanto vivesse, fossem 100 ou 1000. Mas morreu da maneira mais acertada. Morreu jovem e em tragédia aeronáutica, virou uma espécie de anjo. O ser perfeito e maravilhoso, exemplo a ser seguido.

A comoção foi geral. Os apresentadores do jornal Plim Plim quase foram às lágrimas ao lembrar das sábias palavras e pensamentos do “herói” falecido. Como se político tivesse palavras e pensamentos próprios. Milhares de pessoas compareceram as cerimônias fúnebres sem nem ao menos se perguntar o que estava dentro da urna funerária. E outras pessoas de olho na urna eleitoral.

Este falecido ainda vai render muito, vai render muito. Pelo menos até o segundo turno da eleição presidencial, se houver segundo turno. Passadas as eleições, independente de quem seja eleita presidenta ele finalmente será sepultado da memória dos hipócritas.



 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 25/08/2014
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