"RETALHOS D'ALMA & ESTOU EM CHAMAS" por GÉSNER LAS CASAS (INSTANTES DE FELICIDADE)http://cafehistoria.ning.com

“O MEU PASSADO TROCADO POR MUITA SAUDADE”

OUÇO AO LONGE O PITO ABAFADO, MAS MUITO FORTE DO TREM NOTURNO TRAZENDO "MINHA SAUDADE" PARA ME ABRAÇAR E ME BEIJAR NO FRIO DA MADRUGADA.

MADRUGADA QUE DESEMBOCOU DA NOITE INTERMINÁVEL COM OS PESADELOS E SONHOS QUE AGITARAM MEU SONO. História da cidade de Dois Córregos São Paulo – SP: Na margem esquerda do rio do Peixe, afluente do rio Jaú, desde meados do século XIX, havia um pouso de tropeiros que demandavam os sertões do oeste paulista ou de Mato Grosso, com o nome de Pousada dos Dois Córregos. Nesse local, entre os córregos Lageado e Fundo, José Alves de Mira e Mariano Lopes, proprietários da Fazenda Rio do Peixe, resolveram doar vinte alqueires de terras para formação de um patrimônio. No dia 4 de fevereiro de 1856, foi erguida capela em louvor ao Divino Espírito Santo, a poucas centenas de metros do referido Rio do Peixe. Após o falecimento de José Alves de Mira, sua viúva ratificou a escritura original de doação, na qual os moradores se comprometiam a pagar uma contribuição anual para construção de nova igreja, reconhecida canonicamente em 14 de dezembro de 1866. Gentílico: Dois-correguense: Formação Administrativa: Freguesia criada com a denominação Dois Córregos, pela lei provincial subordinado ao município de Brotas. Elevado à categoria de vila com a denominação de Dois Córregos, pela lei provincial desmembrado de Brotas. Constituído do distrito sede. Instalado em 07-01-1876. Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Dois Córregos, pela lei municipal nº 114, de 10-10-1898. Pela lei estadual nº 621, de 21-06-1899, é criado o distrito de Figueira e anexado ao município de Dois Córregos. Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município é constituído de distritos: Dois Córregos e Figueira. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 14334, de 30-11-1944, o distrito o distrito de Figueira passou a denominar-se Guarapuã. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Dois Córregos e Guarapuã. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Dois Córregos e Guarapuã.Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. O chamado tronco Oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: Os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Cidade de Rio Claro Railway, comprada pela Companhia Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos. A ESTAÇÃO: Inaugurada em 1886, como ponta de linha, ainda pela Rioclarense, a estação de Dois Córregos logo no ano seguinte passou a ser o primeiro ponto de bifurcação do ramal de Jaú. Para o norte, a linha seguia para Jaú. Para o sul, seguia para Mineiros do Tietê. No seu relatório de 30/4/1893, a Cia. Paulista apresentava seu projeto para o Ramal do Porto do Ribeiro, que partiria de Dois Córregos: "em agosto do ano passado, deu-se começo aos trabalhos de exploração desse ramal que ficaram concluídos em janeiro passado. O traçado começa (na estação de) Dois Córregos e sobre por um afluente do Córrego do Peixe até o espigão divisor das águas do Jaú e Tietê, até frontear a fazenda da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. ->NOSSA OPINIÃO: PELA MADRUGADA ACORDEI COM O APITO ALTAMENTE PROLONGADO DO TREM DE PASSAGEIROS DA COMPANHIA PAULITA QUE AO ENTRAR NA RETA DA ESTAÇÃO DE DOIS CÓRREGOS DEPOIS DE PASSAR POR MINEIROS DO TIETÊ, SE FAZIA ANUNCIAR AOS MORADORES DA PACATA E APRAZÍVEL CIDADE ONDE VIVIAM AS PESSOAS MAIS QUERIDAS DE NOSSAS VIDAS. EM DOIS CÓRREGOS, ESTAVAM MEUS PAIS; MEUS IRMÃOS; MEUS AVÓS; MEUS TIOS E TIAS; MEUS PRIMOS E PRIMAS; MEUS PROFESSORES; COLEGAS DE ESCOLAS E OS COMPANHEIROS DE BRINCADEIRAS NAS RUAS E CAMPOS GRAMADOS E ALTAMENTE ARBORIZADOS DAS MINHAS TARDES E NOITES FELIZES.

O APITO PROLONGADO E SEMELHANTE AO DE UM GRANDE NAVIO DESPERTOU-ME DO SONO PROFUNDO E FEZ AFLORAR MINHA SAUDADE DE UM TEMPO QUE AINDA GUARDO COM CARINHO EM LEMBRANÇAS QUE JAMAIS ESQUECEREI. DEIXARAM O PATRIMÔNIO HISTÓRICO FERROVIÁRIO DE DOIS CÓRREGOS SER DELAPIDADO POR LADRÕES.

DESTA ESTAÇÃO PARTIRAM OS PRACINHAS DA FEB PARA EMBARCAREM EM SANTOS RUMO À ITÁLIA EM MONTE CASTELLO.

POR ESTÁ FERROVIA ERAM ESCOADAS AS SAFRAS DE CANA DE AÇUCAR; ARROZ; FEIJÃO; E CAFÉ DA MELHOR QUALIDADE. (CONILON-BOURBOM & ARÁBICA)

NESTA ESTAÇÃO VIVERAM POR INSTANTES PESSOAS IMPORTANTES QUE LEVARAM E TROUXERAM NOVIDADES E CULTURA PARA MUITA GENTE.

GÉSNER LAS CASAS

RADIALISTA, ESCRITOR & JORNALISTA

LAS CASAS
Enviado por LAS CASAS em 25/08/2014
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