Sim igual a não e vice-versa

É engraçado perceber que no mundo da política algumas palavras são usadas propositadamente com sentidos antônimos. Frequentemente assistimos, lemos, ouvimos candidatos que já foram acusados, condenados e até cassados por corrupção falarem uma coisa quando na realidade pensam outra.

Eles transmitem uma falsa confiança ao eleitor e, com isso, conseguem construir falsas relações de companheirismo político. Com discursos “maquievalicamente” preparados se autodenominam salvadores que vão trazer o progresso ao seu povo.

Também distribuem sorrisos tiranicamente ilusórios, e quando dizem “sim”, na realidade pensam “não”. Quando afirmam “não” é porque raciocinam “sim”.

Ao fazermos uma análise, que nem precisa ser profunda, durante o período eleitoral notaremos a falsidade política reinante.

– Candidato sorridente, se o senhor for eleito vai aumentar o número de leitos hospitalares e investir mais na Saúde? – pergunta o eleitor.

– Sim, com certeza querido eleitor. Lutarei para que o cidadão do nosso estado tenha uma saúde digna. Não é justo que nossa gente sofra tanto para conseguir um direito que lhe é garantido pela nossa constituição – responde o candidato.

– Candidato sorridente, é verdade que o senhor compra votos? Que tem várias malas de dinheiro para comprar votos de eleitores e apoio de prefeitos? – indaga outro eleitor ao político.

– Não. Jamais fiz e nunca farei isso. Eu jogo limpo na política. Quero vencer essa eleição porque tenho boas ideias, que vão trazer de fato melhorias para o nosso estado, para nossa gente – diz o candidato.

Até o mês de outubro o que absorveremos de informações de candidatos não é brincadeira. O conselho que dou é: cuidado com aqueles que exteriorizam palavras contrárias aos pensamentos maléficos inerentes a eles. Pois você pode fazer com que todo o seu estado “pague o preço” por ter acreditado, como dizia Cássia Eller, em “palavras apenas”.