O Noel Rosa, as Mamonas Assassinas e outras coisas bem mais doidas
Alguns cientistas, desses bem loucos e originais, acham que tudo que existe é virtual. Nós, nossas vidas, nosso mundo, o nosso Universo, enfim, tudo, é nada mais do que um grande “software” programado por um grande ser. Um programa de computador fantástico, exuberante. Colocaram em nós, pequenas peças do conjunto, uma importante informação que se chama “livre arbítrio”, que nos dá a falsa e enganosa impressão de que estamos decidindo nossas vidas, nosso destino. Tudo falso. É tudo programado. Pelo menos de acordo com eles.
Meu amigo Nino Belvicino, para variar, resolveu meter sua colher no meio. Não sei como ele chegou a essa conclusão, mas, segundo ele, um dos programadores estava meio distraído e, na hora de fazer os “inputs” do software, distraiu-se um pouco. Colocou um pequeno detalhe, que era do outro Universo, no nosso. Isto tudo que estamos vendo era para ser diferente. Não na essência, mas nos detalhes. Por exemplo, o nosso querido Noel Rosa, na programação inicial, teria nascido muitos anos depois e ainda estaria vivo. Mais ainda, não teria aquele problema no queixo. Mais ainda, faria parte do conjunto “Mamonas Assassinas” Não é mesmo uma loucura? Aliás o conjunto, ainda na programação original, não teria falecido naquele acidente perto do aeroporto de Guarulhos. Estariam todos vivíssimos, tocando, cantando. Estariam arrependidos daquela música que fizeram sobre os portugueses, no entanto. Mais ainda, estariam agora - faz um ano – fazendo só música “gospel”. Os Beatles não existiriam. O Ringo teria imigrado para os Estados Unidos e faria parte do staff de um McDonald’s em New Jersey. Coitado, vendendo batatas fritas, com gordura e tudo mais. O George Harrison e o Paul estariam trabalhando numa mina de diamantes na África do Sul. Na parte administrativa, é claro. O John estaria morando em New York, trabalhando na Wall Street. Nos finais de semana fazendo parte de uma pequena banda que tocava em casas noturnas. O Ringo só brincava de cantor entre amigos.
A nossa presidenta seria presidenta sim, mas de uma ONG que luta para conservar a mata Atlântica. Uma nobre missão. Os papas, então? Seriam outros. No momento, o Vaticano estaria sendo presidido por um brasileiro. Nesta nossa versão, este pontífice é apenas um pároco no interior se São Paulo. Para você ver como são as coisas! O Paraguai não existiria na versão de software correta. Suas terras estariam divididas entre os países vizinhos. A Argentina, ao contrário do que você possa desejar, seria muito maior e abrangeria uma boa parte do nosso querido Rio Grande do Sul. Pelo menos não teria Maradona. Não que ele não existisse. Ele seria apenas um “boleiro” do River Plate. Mas não adianta ficar falando essas coisas, o erro está feito e vamos ter de aceitá-lo. Nem sei se essa versão é pior que a outra. E foi um erro mínimo, dá para acreditar? O Nino explica isso também. É o efeito dominó. Por isso, tome muito cuidado. Qualquer errinho pode ser catastrófico. É aquele montão de peças desmoronando, uma derrubando a outra. Você não quer isso na sua vida, quer?
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