Bundões e cocozão!
Tomo conhecimento através da mídia, olhando reportagens de várias cidades em diversos ângulos, que as cidades de Salvador, na Bahia, e Ponta Grossa, no Paraná, têm uma interessante semelhança exposta em suas praças. A primeira tem exposta para o povão e turistas os “Bundões”, enquanto em Ponta Grossa há um grosso “Cocozão”. Ambos os monumentos são defendidos e combatidos, mas até o momento ninguém sugeriu se o excreto ponta-grossense é ou não resultado dos efeitos digestivos de um dos bozós soteropolitano. Creio que não!
Os “bundões” da Bahia ficam de encontro um ao outro, mas os baianos não pensam em protestar e pedir ao prefeito que os retire, afinal nada melhor de que chegar a cidade e já ir vendo dois bumbuns e sonhado com algum de uma sacudida baiana. O mesmo talvez não se possa pensar no monumento de Ponta Grossa uma vez que ver coco de neném já é indigesto quanto mais um exemplar de coco em tamanho geral.
Se o “cocozão” não é dos baianos deve ser do ex-prefeito que o colocou ali, que ainda deve estar sentindo a dor da incompreensão popular.
Em Guanambi, aqui no Sertão Baiano já tivemos o “penicão”, que se tratava de um biodigestor de esgoto urbano, uma destas obras seculares espalhadas pelo Brasil, começaram no século XX e ainda não foram concluídas neste século XXI. Pena que há dois anos o “penicão”, que nunca justificou para o que veio, foi sepultado e em seu lugar está surgindo uma praça. Caso contrário o prefeito de Ponta Grossa poderia doar, ou vender a preço de liquidação o “cocozão” para entupir o tal biodigestor.
Mas o que interessa mesmo é que alguns ponta-grossenses votaram em uma enquête, e ganhou a proposta para que ali se plante uma Araucária Angustifolia também conhecida como Pinheiro-do-Paraná, árvore símbolo dos Campos Gerais, acho uma boa! Mas se o episódio acontecesse em uma cidade do Sertão, no lugar de um “cocozão” seria plantado um Mandacaru, planta espinhosa que resiste às mais duras secas, assim quem (ex-prefeito ou não) vier a se atrever fazer outro “cocozão” no mesmo local corre o risco de ter a região glútea toda espetada!
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Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi / Bahia, e não entende de “pinicões” e nem de “cocozões” só de... De escrever sobre o cotidiano.