"O GALINHEIRO CAIU"
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Seria trágico se não fosse cômico: na cidade gaucha de Guajuviras, na Região Metropolitana de Porto Alegre, um galo estava usando um tornozeleira de monitoramento eletrônico que deveria ser usada pelo proprietário da casa. Qual teria sido o crime do galo, então? O pior é que o galo estava se achando bonito usar aquele enfeite dentro do galinheiro porque estava se sentindo o maioral do pedaço!
Durante a vistoria da Polícia Militar na residência, foram encontradas 35 gramas de cocaína,55 gramas de maconha e um revólver. Seria a droga para uso próprio do galo? Seria o revólver para o galo, um viciado que espancava as galinhas, se defender? Estaria o galo cumprindo pena dentro do galinheiro, usando a pescoceira eletrônica? Teria o galo ganho liberdade condicional de algum estupro contra alguma galinha? Seria o galo um perigoso traficante que estava viciando as galinhas?
Nada disso, a droga e o galinheiro pertenciam ao dono da residência, por isso eu disse que o fato seria trágico se não fosse cômico. Essa tragicomédia só foi possível porque o monitoramento dos presos que saem das cadeias para cumprir penas com tornozeleiras (ou seriam “pescoceiras”?) não são feitos como deveriam, como também não existem bloqueadores para aparelhos celulares dentro das cadeias e muitas pessoas ainda caem em golpes de falsos sequestros, sorteio de automóveis não existentes, tudo porque os “presos” cumprem as penas como se estivessem livres e se tornam mais perigosos ainda e nunca conseguem ser descobertos!
Diante do caos social nos setores da saúde, educação, saneamento, habitação, sistema prisional, só para citar alguns, agora existe o caos no galinheiro porque outros galos também vão querer usar tornozeleiras eletrônicas no pescoço para se sentirem mais viris e se tornarem líderes:
-Estou usando essa pescoceira eletrônica porque estuprei 20 galinhas, mas não gosto muito dela e quero colocar no pescoço de outro galináceo. Estou me sentindo ridículo com ela e quero receber uma mais moderna, último lançamento! Disse o primeiro.
-Eu estou usando a minha menor porque ainda não completei 18 anos. Eu matei só dez galinhas com bicadas e meus esporões e não posso ser preso porque estou protegido pelo Estatuto do Frango Adolescente, responde um frango de menor, gabando-se pela idade de poder fazer atrocidades impunemente.
O dono do galo, ao ser preso, olha para sua astúcia idiota no pescoço do galináceo e diz:
- Foi bom porque vendia minha droga sossegado enquanto você enganava a polícia andando de um lado para outro. Mas agora, “o galinheiro caiu” e estou sendo preso de novo poque você ficou muito tempo andando em um mesmo lugar e a polícia pensou que eu estivesse doido.
Com o galo que usava a pescoceira eletrônica, o que aconteceu? Por enquanto nada, mas é capaz de o preso, ao deixar a cadeia, o transforme em um guizado e o coma só por raiva e também para matar a saudade da comida caseira que ele teria, se continuasse enganando a polícia. O preso, agora vai comer quentinha fornecida pelo Estado, talvez, realizado através de um convênio superfaturado! E o pior, a quentinha não deve ser lá essas coisas não! Bem feito, quem mandou querer colocar no pescoço de um galo sua tornozeleira eletrônica em vez de tê-la colocado no pescoço de um cachorro, por exemplo?
Não, no cachorro, não. O animal poderia segui-lo e se a polícia desconfiasse que o traficante estivesse vendendo drogas, de novo? Dessa vez, contudo, o “galinheiro caiu”, fazendo alusão ao que a polícia grita sempre quando vai prender alguém, de madrugada: “levanta, a casa caiu!”.O detento vai dar explicações aos outros presos, como ele conseguiu transferir a tornozeleira eletrônica de sua perna, para o pescoço do galináceo!
O pior de tudo e que chamou a atenção da polícia militar da cidade de Canoas, é que ninguém do Batalhão Militar soube dizer como o criminoso conseguiu remover a tornozeleira e colocá-la no pescoço do galo! Segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, responsável pelo monitoramento eletrônico de apenados, a tecnologia prevê que um alarme seja disparado caso o equipamento seja rompido, mas isso não aconteceu. Não disparou e o preso pode até explicar porque os bloqueadores de aparelhos celulares nunca funcionaram dentro das prisões!