Trabalho do sábado_19 05 07

Quando crianças, aprendemos a operar o instrumento físico. Fortalecendo as pernas, descobrindo as mãos, a boca, os braços. Depois, vamos descobrindo o mundo ao nosso redor e mais tarde um mundo mais amplo, mais distante e mais desafiante. Vivemos um aprendizado constante e perdemos o contato com a nossa origem. Passamos a nos identificar com o instrumento, como se fossemos ele, esquecendo-nos de quem de fato somos.

Ensinados por uma cultura materialista, passamos a não mais respeitar os nossos sentidos e a nossa intuição, acreditando que o mundo é capaz de nos oferecer alguma coisa. Coisa esta que nem nós mesmos sabemos o que é, por que se trabalhamos para ter algum conforto, quanto mais trabalhamos menos conforto temos, pois não temos tempo para usufruir dele. Terminamos por virar escravos de um senhor desconhecido, com o qual não temos qualquer contato e do qual nada sabemos, somos escravos do nada.

Quando chegamos a esta conclusão, começamos o caminho para a nossa libertação. Primeiro percebemos que vamos embora do mundo sem ter vivido a vida de fato. Estávamos cegos pelo brilho da ilusão material que nos agrilhoou numa teia de conceitos desencontrados e fúteis, que não nos acrescentam nada e em nada nos fortalece. Trocamos o Nosso Senhor por um senhor usurário que nos tira tudo o que temos e nada nos oferece. Chegando a este estágio, nos voltamos para dentro de nós mesmos e passamos a buscar por resposta e nesta busca começamos a nos encontrar.

Passamos a ouvir vozes que nunca tínhamos ouvidos, a pensar coisas que jamais havíamos pensado, a ver coisas que jamais havíamos visto, por que estávamos entretidos com paradigmas alheios ao nosso mundo verdadeiro. Somos seres perfeitos atuando no universo material para ajudar-lhe a progredir. Aprendemos a lidar com este universo meio aos trancos e barrancos por que nada nos foi ensinado quando criança a respeito dele, mas vamos tateando, caindo como caíamos quando criança e levantando, nos limpando e encontrando coragem para continuar.

Minha proposta para o Sábado é que meditemos sobre isso. Fiquemos um pouco em silêncio e deixemos que a energia amorosa da consciência de Deus nos alimente. Busquemos a paz e o silêncio. Deixemos o mundo para o mundo neste momento... retiremo-nos para a tranqüilidade interior.