Homem velho, mulher nova. Pode?
O meu amigo Dener Kroger tem dividido o seu tempo entre o seu trabalho de radiologista e a linda ninfeta de 18 aninhos, que invadiu o seu coração, tomou conta e jogou a chave fora. Devido à diferença de idade, Dener já “sessentão”, mas, segundo ele, com o corpinho e disposição de trinta, as más línguas e “Matildes,” caem de pau em cima do “rapaz.” É certo que aí vai uma boa dose de inveja.
A Lolita de Dener é de uma beleza estonteante, rosto de anjo, lindas pernas torneadas e um derrière de tirar o fôlego; por onde passa atrai os olhares tanto dos homens que ficam babando quanto das mulheres que lhe rogam pragas por pura inveja.
Entre os falastrões reunidos na Boca Maldita, área do Café Galo, alguém disse a “boca pequena” apontando para doce namorada de Dener que passava abraçada com ele: esta menina está cometendo um estelionato. Está enganado e tirando vantagem dele. Outro ao lado já dizia que Dener estava “na dele”. Que era um tremendo “pegador.” Tinha quer aproveitar mesmo. Como se vê temos um fato e duas opiniões diferentes. Uma a favor e outra contra. Mas a vida continua e Dener sabiamente sabe como vivê-la.
Quanto aos comentários ele “tira de letra” e segue sorrindo, causando muita inveja.
Este fato reflete bem a realidade hodierna em nossa sociedade, qual seja: quando um homem mais velho resolve se envolver com uma moça bem mais nova a sociedade reclama, não aceita, acha indecoroso, mas não a acusa de estelionato. Já a mulher enfrenta o preconceito machista de uma sociedade que não admite que ela possa, por livre escolha e espontânea vontade, se relacionar com um homem mais jovem.
O homem se mostra aos olhos de todos como o garanhão, o “pegador”, o coroa que pega a garotinha, mas todos se calam e respeitam o homem idoso.
A opção da mulher por manter o envolvimento com o “boy”, pode muito bem ser fruto de sua sabedoria, de sua experiência e de sua maturidade, bem como, do seu livre arbítrio. Em outras palavras: ela pode estar feliz fazendo o que tem vontade. O que importa não é ser feliz?
Muitas vezes a própria família e amigas, condenam tanto o relacionamento que colocam a mulher em uma posição de inferioridade e de total demência por ter tido eventual colóquio com um homem mais novo, não respeitando sua decisão tomada, para ter sua vida por livre e espontânea vontade.
Há de se condenar um homem que faz uma mulher feliz e que, por liberalidade dela, usa de seu patrimônio? Entendo que não. Isso ocorre diariamente com homens mais velhos e mulheres mais novas, todavia, a imposição moral da sociedade hipócrita não permite que se enxergue isso.